Irmã Gervis Monteiro à esquerda e Irmã Rose Bertoldo à direita.

“A Igreja é mulher.” E “um dos grandes pecados que cometemos é ‘masculinizar’ a Igreja”. Devemos “desmasculinizá-la” e fazê-lo a partir da teologia. Essas palavras do Papa Francisco refletem o profundo compromisso do pontificado com a valorização e inclusão das mulheres na Igreja Católica.

Uma das principais inovações promovidas pelo Papa Francisco foi a inclusão de lideranças femininas em posições de destaque dentro da Igreja, algo que antes parecia impensável em uma instituição amplamente dominada por homens.

Irmã Gervis Monteiro e o Papa Francisco durante o Sínodo da Amazônia em 2019.

Durante o Sínodo sobre a Amazônia, realizado em 2019, o Papa abriu o debate para uma maior participação das mulheres nas discussões sobre o futuro da Igreja e das comunidades locais. A Irmã Paulina, Gervis Monteiro, que participou do evento, destaca a postura acolhedora e respeitosa do Papa em relação às mulheres durante aquele encontro.

Em 2020, Francisco fez história ao nomear seis mulheres para o Conselho para a Economia da Santa Sé, marcando um passo importante em direção à inclusão feminina nos processos decisórios mais altos da Igreja. Em 2021, ele nomeou uma mulher para o cargo de subsecretária na Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, um cargo de grande relevância para as futuras diretrizes da Igreja, conforme destaca o Cardeal Leonardo Steiner.

Segundo a Irmã Rose Bertoldo, a mensagem do Papa é clara: as mulheres são fundamentais para a renovação e a vitalidade da Igreja.

Irmã Rose Bertoldo e o Papa Francisco.

O pontificado de Francisco, ao promover a inclusão feminina, não se limita a uma questão de igualdade, mas é um passo crucial para a revitalização de uma Igreja mais conectada com os tempos atuais. A Igreja só será plenamente representativa e capaz de cumprir sua missão de renovação espiritual quando refletir a diversidade de seu povo, em todas as suas dimensões, incluindo a feminina.

Rafaella Amorim, Rádio Rio Mar