O tenente da Polícia Militar do Amazonas, Joselito Pessoa, vai a júri popular no próximo dia 14 de setembro. Ele é acusado de matar os colegas Edizandro Santos e Grasiano Negreiros e de tentar assassinar Robson Almeida e o major Lurdenilson de Paula. O crime ocorreu no dia 5 de janeiro de 2019, no bairro Colônia Santo Antônio, zona norte de Manaus.
Na madrugada do crime, os policiais estavam em uma viatura da Polícia Militar descaracterizada e haviam acabado de sair de uma comemoração na delegacia. Joselito foi preso em janeiro de 2019, mas teve a prisão preventiva revogada no dia 8 de julho daquele ano. A soltura foi baseada no Artigo 316 do Código de Processo Penal, que autoriza a revogação da prisão preventiva, caso seja verificada a falta de motivo.
Marlene Gonçalves é mãe do sargento Edizandro, um dos policiais assassinados. Ela fala do sentimento de impotência em ver solto o homem que tirou a vida do seu filho.
O Ministério Público do Amazonas – MP/AM acusa Joselito por duplo homicídio e duas tentativas de assassinato. A denúncia contra o policial foi aceita pela Justiça do Estado em março de 2019.
O julgamento do tenente foi marcado para março de 2020, depois adiado para julho daquele ano. Com o surgimento da pandemia de Covid 19, foi cancelado e só agora foi reagendado pela 3ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus.
A sobrinha do Sargento Edizandro, Alana Viana, afirma que a família fará um protesto no dia do início do julgamento, em frente ao tribunal. Ela ressalta que a sociedade não pode aceitar esse tipo de acontecimento de forma natural.
Atualmente, o tenente da PM cumpre medidas restritivas. Ele não pode se aproximar de vítimas ou testemunhas do processo, deve manter-se recolhido em seu domicílio no período noturno e se apresentar à justiça sempre que solicitado. Joselito, também encontra-se afastado do policiamento ostensivo.
Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar