Sindicato dos Rodoviários se reúne com trabalhadores da empresa Açaí após paralisação

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, se reuniu com trabalhadores da empresa Açaí, na tarde dessa terça-feira para discutir sobre as medidas que devem ser tomadas após a paralisação dos coletivos.

Conforme o presidente, o sindicato vai pressionar a Prefeitura para garantir os benefícios trabalhistas. “A posição do sindicado agora é fazer pressão em cima da prefeitura, até porque nós somos terceirizados da Prefeitura, ela não pode deixar empresário operar em Manaus. Ela fechou as portas, vendeu as placas, quase R$20 milhões e foi embora. Tá errado, a Prefeitura tem que atuar e a direção do sindicato se for o caso vai acionar a polícia federal”, afirma Givancir.

O motorista da empresa, Arnaldo Souza, ficou desempregado e assim como ele, afirma que outros colegas estão passando por dificuldades, devido à falta de pagamento da rescisão, fgts e vale.

Ele relata que depois da demissão percebeu que o FGTS referente aos 7 anos de contribuição não foi depositado.
“A gente ficou sem receber o nosso ticket, rescisão, FDTS, tempo de trabalho, nada. Falou que a empresa faliu, simulou um pagamento do nosso tempo de trabalho, mas na verdade ele não pagou nada e a gente ficou a mercê”, conclui Arnaldo.

Segundo o motorista Eduardo Gomes, a falta de informações por parte da empresa Açaí pode motivar novas paralisações.

Ainda conforme o Sindicato dos Rodoviários, a Justiça foi acionada e aguarda um posicionamento da prefeitura.

A Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), e a Procuradoria Geral do Município (PGM) informou que iniciou nesta terça-feira (27), por meio de uma reunião, as tratativas sobre as ações indenizatórias dos funcionários da empresa Açaí Transporte Coletivo, que no dia 8 deste mês, deixou de operar o sistema de transporte urbano da capital.

O encontro ocorreu na sede do IMMU, na Cachoeirinha, zona Sul, com a presença do diretor-presidente do instituto, Paulo Henrique Martins, o procurador-geral do município, Marco Aurélio Choy, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus (STTRM), Givancir Oliveira.

A empresa Açaí operava na zona Norte com 11 linhas alimentadoras e troncais e tinha a frota de 65 carros, atendendo diariamente em torno de 18.500 passageiros. Para realizar os ajustes da frota, o IMMU realocou os ônibus da viação para as empresas Líder, São Pedro, Integração, Via Verde, Rondônia, Coroado e Vegas, para não prejudicar a demanda de usuários do setor.

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Texto e imagem: Vitória Lima – Rádio Rio Mar