Amazonas lidera em número de mortes de jornalistas vítimas da Covid-19, conforme dados da Fenaj

No dia do Jornalista, novos dados do dossiê “Jornalistas vitimados por Covid-19”, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) apontam que 169 profissionais morreram entre abril de 2020 e março de 2021. O documento também mostra que, em três meses de 2021, o número de mortes supera todo o ano de 2020, quando foram registradas 78 mortes de abril e dezembro.

Conforme Norian Segatto, diretor do Departamento de Saúde da FENAJ e responsável pela sistematização do dossiê, no primeiro trimestre de 2021 a média é de 28,6 mortes de jornalistas por mês. “Os 169 casos apurados até agora são resultado da necropolítica do governo federal. Os números mostram a urgência de a sociedade se posicionar contra o governo genocida de Jair Bolsonaro”, afirma o dirigente.

Os estados com maior número de mortes de jornalistas são Amazonas, Pará e São Paulo, com 19 ocorrências cada, seguido do Rio de Janeiro (15) e Paraná (13). Na categoria, a maioria dos casos é na faixa etária dos 51 a 70 anos (54,9% das mortes) e entre homens, sendo que entre as vítimas fatais da doença, 9,8% são mulheres jornalistas.

“Assim com os profissionais da saúde, a categoria dos Jornalistas também está se sacrificando para garantir informação de qualidade para a população brasileira. Os números são alarmantes, mas vamos continuar cumprindo nosso papel, porque informação verdadeira também ajuda a salvar vidas”, afirma Maria José Braga, presidenta da FENAJ.

Acesse o dossiê:

DOSSIE-FENAJ-COVID19_MARCO_2021

Fonte: Fenaj

Foto: Divulgação/Fenaj