Secretário de Saúde prevê quarta onda de contaminação pela covid-19, no Amazonas

Mesmo com os casos de Covid-19 em queda, no Amazonas, e o estado há dois meses na fase amarela da pandemia, que representa baixo risco de transmissão, o secretário de saúde do Estado, Anoar Samad, falou sobre a possibilidade de uma quarta onda da doença.

Quarta onda de covid-19 é prevista, afirma secretário de saúde do Amazonas. Foto: Divulgação

Quarta onda de covid-19 é prevista, afirma secretário de saúde do Amazonas. Foto: Divulgação

Segundo ele, alguns fatores como a baixa procura pela vacina e a flexibilização nas medidas de prevenção do vírus podem resultar no aumento dos casos, seguindo uma tendência nacional.

“O que realmente funciona, principalmente para evitar internações em UTI, para diminuir a chance de óbito é a vacina. A obrigatoriedade de máscara foi suspensa há 3 meses. Nossos casos vêm diminuindo, em todos indicadores, porque a taxa de transmissão do vírus está. Essa taxa de transmissão pode aumentar e vir uma quarta onda? Claro que vai ter uma quarta onda. Nós precisamos tomar cuidado, porque hoje isso é uma realidade mundial. O que vai impedir de chegar no Amazonas? Nada”, disse o secretário.

Ainda conforme explicou o secretário, há riscos de o sistema de saúde entrar em colapso mais uma vez.

“É muito importante que as pessoas atualizem a sua carteirinha da covid. 600 mil pessoas não tomaram sequer a primeira dose da vacina. Se vier um vírus, altamente agressivo… você imagina chegar uma nova variante agressiva e alcançar essas pessoas, não adianta ter leito. Se vier outro vírus agressivo, se prepara para outro cenário catastrófico”, comentou.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Amazonas vivenciou três picos da doença. O primeiro foi nos meses de abril e maio daquele ano, quando não havia leitos suficientes para os pacientes que foram infectados pela doença. Além disso, com a alta nos casos, houve ainda colapso no sistema funerário, com a falta de covas para enterrar as vítimas que morreram com a Covid-19.

Em janeiro do ano passado, com o segundo pico da doença, faltou oxigênio nos hospitais, item básico para tratar sintomas respiratórios graves. Muitos perderam a vida pela falta do tratamento.

Mais recente, em janeiro de 2022, um novo surto, com a chegada da variante ômicron em Manaus. Houve alta nos casos e na transmissão da doença, mas dessa vez, sem colapsar a rede de saúde. Especialistas afirmaram, na época, que a vacina ajudou a reduzir os impactos.

Diante disso, concluir o ciclo de imunização, manter os cuidados como distanciamento social e uso de álcool em gel, uso de máscara, mesmo já não sendo obrigatório, ainda são as maneiras eficazes de evitar a contaminação pela Covid-19.

Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar