Reajuste no preço de combustíveis anunciado pela Petrobrás revolta motoristas

Após quase 2 meses sem reajuste no preço dos combustíveis, a Petrobrás anunciou que o valor vai subir nas refinarias, a partir desta sexta-feira (10/03). O aumento é de 18,8% para a gasolina, e 24,9% para o diesel, mudança que afetará diretamente o consumidor.

Novo reajuste já começa a valer nesta sexta-feira (10/03). Foto: Divulgação

Novo reajuste já começa a valer nesta sexta-feira (10/03). Foto: Trânsito Manaus

Antes do reajuste, o valor da gasolina já alcançava R$ 7,19 em alguns postos de combustíveis em Manaus, e o diesel, já era vendido por R$ 6,59.

Para quem depende do produto para levar o sustento da família, o novo aumento gera revolta. É o caso da motorista de transporte por aplicativo Liliane Medeiros.

“Esse aumento na gasolina tá bem abusivo. Os valores deveriam ser menores, pois os motoristas de aplicativo, principalmente, gastam 53% do que ganham nas corridas para abastecer os veículos e não está compensando. Muitos estão parando até de trabalhar por essa situação”, disse.

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Um dos representantes da União dos Caminhoneiros do Brasil, Josué Rodrigues também criticou a medida, e disse que a população não pode ficar em silêncio.

“É revoltante essa situação. Já faz um tempo, mas a gente passou dois dias em meio a protestos em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) , justamente brigando sobre o aumento abusivo de combustíveis. Eu vejo que as pessoas reclamam, mas não querem lutar pelos seus ideais e seus objetivos. Esperar que os parlamentares aqui de Manaus façam algo é muito complicado, é complexo”, destacou.

Ao anunciar o novo preço, a Petrobrás informou que os valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia. A empresa também disse que mantém o monitoramento contínuo do mercado nesse momento, que descreveu como ‘desafiador’.

Outro produto que também poderá passar por aumento no preço, com reajuste de 16% é o gás de cozinha, mas o repasse para o consumidor final ainda não foi definido, já que depende de cada revendedor.

Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar