Projeto incentiva participação de mulheres na ciência

Mulheres na Ciência – De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 28% dos profissionais que atuam na pesquisa e ciência são mulheres. Incentivar a participação feminina no campo científico ainda é um desafio.

Ciência precisa de mulheres. Tomaz Silva/Agência Brasil

Ciência precisa de mulheres. Tomaz Silva/Agência Brasil

Pensando nisso, diversas instituições se mobilizam em ações para ampliar esses números. A Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeam) realizou na sexta-feira o Fapeam na Praça. A ação faz parte do Movimento Mulheres e Meninas na Ciência, que apresenta mulheres à frente de trabalhos e produções científicas.

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Um dos trabalhos destacados foi o estudo que utiliza extratos da casca do tucumã e polpa da pupunha para a inibição de bactérias causadoras de infecções em seres humanos.   A coordenadora do projeto, Adriana Dantas destacou alguns pontos da pesquisa.

“Estamos utilizando 4 cepas de bactériasde bactérias, algumas patogênicas para o ser humano e dois fungos: um fungo fitopatogênico e um fungo também de utilização humana para que esses extratos vegetais tenham alguma propriedade antimicrobiana. Nós estamos realizando testes para detectar se nesses extratos a gente tem alguma atividade antimicrobiana para esses fungos e essas bactérias”, disse.

Durante a apresentação dos trabalhos, a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales comentou que ações como essa ajudam, ainda, a popularizar a ciência e a participação de mulheres nessa área.

“É uma oportunidade que as pessoas têm de conhecer pesquisas que são desenvolvidas coordenadas por mulheres e quais são os resultados que essas pesquisas vêm alcançando. Além do movimento que defende a diversidade na ciência a gente tem também a convergência com a popularização da ciência, fazer com que ela se aproxime mais da sociedade e a sociedade conheça melhor as pesquisas e os resultados que afetam positivamente a sua vida”, comentou.

São exatamente ações como essa que ajudam a construir uma sociedade mais justa, e mostrar que as mulheres também podem escrever a própria história, seja por meio da ciência, da tecnologia ou pelo protagonismo de cada uma delas.

Rebeca Beatriz – Rádio Rio Mar