Profissionais que atuam nas UBSs recebem capacitação sobre diagnóstico da varíola dos macacos

A Prefeitura de Manaus promoveu um encontro com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde sobre a monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos. O intuito da atividade foi reforçar o fluxo de atendimento nas unidades e o protocolo adotado em casos suspeitos da doença, conforme Nota Técnica elaborada em conjunto pela Semsa, Secretaria de Estado e Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.

O titular da Semsa, Djalma Coelho reforça que Manaus registrou um caso suspeito da doença, mas como há casos confirmados em outras localidades do país, é preciso fortalecer a rede de assistência com mais orientações. A diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, enfermeira Marinélia Ferreira, ressaltou que a varíola dos macacos é uma doença transmissível por via respiratória e de contato íntimo.

A diretora explicou que no primeiro contato com o paciente, os profissionais de saúde devem orientar o isolamento imediato, mesmo que o diagnóstico ainda não tenha sido confirmado.

Segundo o Ministério da Saúde, já estão confirmados mais de 100 casos de varíola dos macacos no Brasil, distribuídos em diferentes estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença, antes restrita a países do continente africano, está surgindo em países que não tem histórico da doença, já ultrapassando os 6 mil casos pelo mundo. O surto global foi declarado por representantes da OMS como “incomum e preocupante” e levou o Ministério da Saúde a instalar, em maio, uma Sala de Situação para monitorar e investigar os casos, e o Instituto Butantan a recém-criar um comitê para estudar a criação de uma vacina.

O vírus foi identificado pela primeira vez em 1958 em macacos importados da África para a Dinamarca. Em humanos, os primeiros registros foram nos anos 1970, na República Democrática do Congo. Desde então, a doença passou a ser detectada em países nas regiões central e ocidental da África, e mais recentemente teve o seu primeiro caso registrado na Europa, continente que deu início ao novo surto.

O Ministério da Saúde instalou uma sala  que  monitora as notificações de casos de Monkeypox no mundo e, no Brasil – Sala de Situação de Monkeypox (www.gov.br)

Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar