Mortes de crianças reduzem, mas estupros têm alta de 15%, segundo Anuário de Segurança Pública

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgados nesta quinta-feira (20), apontam que o número de mortes violentas intencionais (MVI) de crianças e adolescentes caiu no Brasil, mas os crimes sexuais contra os menores tiveram aumento superior a 15%.

Conforme o levantamento, o número de MVI de crianças e adolescentes caiu de 2.556, em 2021, para 2.489 em 2022, uma redução de 2,6%. Já os estupros subiram 15,3% e exploração sexual, 16,4%.

As informações são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que considera mortes violentas intencionais (MVI) aquelas causadas por homicídio, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte decorrente de intervenção policial.

Do total de 2.489 crianças e adolescentes vítimas de MVI em 2022, 2.011 foram vítimas de homicídio doloso (80,7%); 75 de feminicídio (3%); 20 de latrocínio (0,8%); 22 de lesão corporal seguida de morte (0,8%); e 361 de morte decorrente de intervenção policial (14,5%).

O anuário revela que, entre as vítimas de MVI de zero a 11 anos em 2022, 45,9% eram do sexo feminino e 54,1% do sexo masculino. Essas mortes, segundo o FBSP, foram decorrentes, principalmente, da violência doméstica e intrafamiliar. Já entre as vítimas de 12 a 17 anos, 89,7% eram do sexo masculino e apenas 10,3%, do sexo feminino.

Os estupros aumentaram de 45.076 em 2021 para 51.971 em 2022, uma alta de 15,3%. Por faixa etária, foram quase 41 mil vítimas de zero a 13 anos, das quais quase sete mil tinham entre zero e quatro anos; mais de 11 mil vítimas entre 5 e 9 anos; mais de 22 mil entre 10 e 13 anos; e mais de 11 mil entre 14 e 17 anos. As vítimas negras foram a maioria  em praticamente todas as idades.

A exploração sexual também aumentou passando de 764 casos registrados em 2021 para 889 em 2022, uma elevação de 16,4%. E os casos de pornografia infanto-juvenil cresceram de 1.523 casos em 2021 para 1.630 em 2022, um crescimento de 7%.

Com informações da Agência Brasil e Anuário de Segurança Pública

Fotos: Divulgação