O Amazonas é o segundo pior Estado do Brasil em cobertura de creche, segundo um relatório divulgado pela Fundação Abrinq, nesta segunda-feira, 9. Conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado tem aproximadamente 370 mil crianças entre zero e 4 anos e só 24 mil delas estão matriculadas em creches, ou seja, apenas 8,3%.
Além disso, o Amazonas tem a terceira pior taxa de analfabetismo entre crianças e adolescentes de 10 a 17 anos, com 6,8%, atrás apenas do Maranhão (7%) e Alagoas (7,9%). Santa Catarina é a melhor, com taxa de apenas 0,9%.
O objetivo do estudo, que está na segunda publicação, é monitorar os progressos do País na implementação da Agenda 2030 e propor debate sobre o tema. Neste ritmo, no entanto, a média não vai se refletir em todas as cidades, segundo a administradora executiva da Fundação Abrinq, Heloisa Oliveira.
Depois da creche, o Amazonas ainda é o terceiro pior estado do País em cobertura de pré-escola, na faixa de 4 a seis anos, com 75,2%, atrás apenas do Amapá (72,7%) e Acre (71,7%). O estado também é o segundo pior quanto à taxa de escolarização em idade correta na pré-escola, com índice de apenas 36,7%.
A etapa atual do levantamento tem dois dos 17 objetivos da Agenda 2030 como focos: Educação e erradicação do trabalho infantil até 2025. O Brasil e mais 193 países assinaram o compromisso há dois anos.
No entanto, hoje o Amazonas tem o segundo pior em índice de distorção idade-série no Ensino Médio, com 43,5%, atrás só do Pará, que tem 49,9%. Por outro lado, o Estado é o que menos reprova no último estágio escolar: apenas 5,8% dos alunos. Além disso, o segundo maior número e percentual de professores com ensino superior está no Amazonas: 7.505 no total, o equivalente a 97,3% dos docentes. O Estado ainda tem o maior número de estabelecimentos de Educação Indígena do País: 970 ao todo.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação Escola