Lixo urbano da região metropolitana pode virar energia elétrica, aponta pesquisa

Há mais de 15 anos, o lixo produzido em Manaus é despejado no aterro de resíduos sólidos, localizado no KM 19, da AM-010, estrada que liga a capital ao município de Itacoatiara. Só na região metropolitana, mais de três mil toneladas e meia são produzidas por dia, é como se cada habitante descartasse mais de um quilo de lixo diariamente. Uarlisson Souza que é Engenheiro Ambientalista, fala sobre os problemas do lixo urbano e o atual cenário na região.

”Recursos hídricos que circundam a área do aterro controlado, infelizmente tiveram a qualidade da água alterada, oriundo dos tempos de tratamento no decorrer desse processo”, destacou Uarlisson.

Lixo Urbano da região metropolitana de Manaus pode virar energia elétrica, aponta pesquisa realizada pela ABREN

Lixo Urbano de Manaus pode virar energia elétrica, aponta pesquisa realizada pela ABREN

Outro problema é o descarte irregular de lixo pelas ruas e igarapés da capital. Uma alternativa para minimizar esse problema seria uma usina de recuperação energética que poderia suprir o consumo de mais de 300 mil residências, o que equivale a mais de 10% da população.

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A usina também afetaria a conta de energia elétrica e a água, a instalação na capital passaria a depender do lixo, resíduo que é gerado diariamente, as quedas e interferências teriam fim. A iniciativa envolveria investimentos superiores a 2,9 bilhões de reais, com expectativa de gerar quase 5 mil postos de trabalhos diretos e indiretos.

O processo lucrativo já confirmado por especialista, é benéfico para a capital, como destaca o presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, Yuri Schmitke.

”O conceito de que apenas o aterro sanitário seria a melhor solução, não é verdade. É uma solução que a longo prazo é mais cara do que a unidade de recuperação energética; você pode ter riscos de acidentes contaminando recursos hídricos, você tem um aumento do gasto com a saúde pública, só pra você ter uma ideia, em Manaus a gente poderia tá economizando 1,5 bilhão dos próximos 40 anos só por meio dessa usina”, disse o presidente da ABREN.

Após o início do processo, os benefícios ao meio ambiente também seriam imediatos, isso porque a emissão de 66,5 milhões de toneladas de CO2 poderiam ser evitados.

Yuri Bezerra – Rádio rio mar