As empresas que operam o transporte coletivo de Manaus paralisaram 30% na frota na manhã desta terça-feira, (15/04). Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 12%, além da permanência dos cobradores nos ônibus.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informa que houve decisão liminar favorável, nesta segunda-feira (14), para o movimento grevista.
A Justiça determinou que o sindicato dos trabalhadores mantenha em circulação 70% da frota de ônibus nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h) e 50% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 60 mil por hora de descumprimento.
Além disso, foi proibido qualquer bloqueio nas garagens das empresas ou qualquer ação que impeça o livre funcionamento do serviço público essencial, devendo eventuais manifestações ocorrer a no mínimo 150 metros das entradas dos estabelecimentos, sob a mesma penalidade.
Nossa equipe esteve na garagem da empresa Via Verde, no bairro Planalto, zona Oeste da capital.
Por meio de nota, o Sinetram informa que busca soluções negociadas, e reforça que está e sempre esteve aberto ao diálogo com os representantes da categoria dos trabalhadores, sendo desnecessária qualquer paralisação para que isso ocorra.
O que diz a Prefeitura de Manaus
A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), informa que monitora, com máxima atenção, o movimento grevista anunciado pelo Sindicato dos Rodoviários, bem como o andamento das negociações entre as partes envolvidas.
O município ressalta que está ciente da decisão liminar proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, que determina a manutenção de, no mínimo, 70% da frota de ônibus em circulação nos horários de pico e 50% nos demais períodos. O IMMU informa que a equipe realiza fiscalização para garantir o cumprimento das determinações judiciais
Segundo nota divulgada pela Prefeitura de Manaus, a administração municipal reforça sua posição institucional de respeito ao direito de manifestação dos trabalhadores, mas destaca que a responsabilidade com a coletividade deve prevalecer e que o Executivo municipal defende o diálogo como instrumento fundamental para a construção de soluções equilibradas.
Da redação – Rádio Rio Mar
Foto: Hiolanda Mendes