Fique atento aos golpes via WhatsApp neste final de ano

Os golpes digitais ocorrem a todo momento devido à quantidade de usuários e facilidade de acesso a dados pessoais e financeiros que atraem os golpistas. Prática que se intensifica com o pagamento do 13° salário e o aumento de compras online, especialmente, nas datas festivas de final de ano. O Alerta é da Defensoria Pública do Amazonas.

Confira abaixo, os principais golpes praticados por WhatsApp. 

Clonagem do WhatsApp – O golpista envia uma mensagem por SMS para a vítima, com um código de seis dígitos, se passando por uma empresa ou instituição que oferece uma proposta atraente. Na maioria das vezes, são oportunidades de descontos, promoções ou um falso prêmio para a vítima.

Em seguida, o golpista faz uma chamada telefônica para a pessoa ou envia mensagem no WhatsApp relatando um suposto erro, reclamação ou uma proposta com falsa vantagem para a vítima. Na sequência, ele solicita que a vítima envie o código de verificação que foi enviado por SMS para validar as informações, mas o código solicitado é justamente o de autenticação do usuário no WhatsApp.

De posse do código, o golpista consegue “sequestrar” a conta da vítima e instalá-la no dispositivo dele. Com o WhatsApp clonado, passa a ter acesso à lista de contatos e grupos da vítima no aplicativo. A partir daí, tenta aplicar golpes com a conta falsa, geralmente pedindo dinheiro para amigos e familiares da vítima.

Para não cair no golpe, o defensor Marcelo Pinheiro orienta que é necessário manter o WhatsApp duplamente protegido ativando a confirmação em duas etapas. Para isso, basta clicar em Configurações, Conta, Confirmação em duas etapas e escolher um PIN, senha numérica composta por seis dígitos que é exigida toda vez que o usuário fizer o login (acesso) da conta. “Desta forma, mesmo que o WhatsApp seja clonado, o golpista não conseguirá ativar o contato em outro aparelho porque não terá o código PIN”, explica o defensor.

Pedido de dinheiro – Quando clonam o contato de alguém, na maioria das vezes os golpistas se passam pela vítima e enviam uma mensagem no WhatsApp pedindo dinheiro emprestado para o contato que ela conhece. Eles fazem parecer que é uma conversa comum, mas a vítima não sabe que quem está enviando mensagens é um golpista.

O golpista também pode roubar dados públicos de uma pessoa em uma rede social, como nome, foto de perfil e status e criar uma nova conta no WhatsApp. Em seguida, entra em contato com amigos e familiares da vítima informando que trocou de número e pede dinheiro emprestado.
Caso a pessoa receba esse tipo de mensagem, provavelmente é uma ação de estelionatários.

Nesse caso, o defensor Marcelo orienta que quem recebeu a mensagem deve ligar para o contato ou fazer uma chamada de vídeo para se certificar que não se trata de golpe. “Outra forma de se proteger é ocultar fotos de perfil do WhatsApp e deixá-las visíveis somente para contatos”, explica o defensor.

Golpe do PIX – No golpe do PIX, golpistas enviam mensagem para o WhatsApp da vítima informando que erraram o número da conta ao fazer um PIX agendado para a conta dela. Em seguida, o golpista pede a devolução do valor agendado. Se a vítima acreditar e transferir o valor solicitado, perde o dinheiro.

Falsa pesquisa – Os golpistas entram em contato alegando que estão realizando pesquisa sobre o novo coronavírus, por exemplo, e utilizam linguagem técnica para dar credibilidade ao golpe. Após alguns minutos de conversa, os golpistas informam que a vítima precisa validar as respostas da pesquisa e que para isso deve informar um código enviado por SMS. Se a combinação numérica for compartilhada, a vítima tem o WhatsApp “sequestrado”, perdendo acesso ao aplicativo.

Caiu no golpe. O que fazer?

Segundo do coordenador do Núcleo de defesa do Consumidor da Defensoria (Nudecon), defensor Christiano Pinheiro, caso alguém acabe sendo vítima desse tipo de golpe, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Cibernéticos ou na Delegacia do Consumidor para tentar identificar os criminosos.

Fonte: DPE-AM

Foto: Clóvis Miranda/DPE-AM