Entre 1º de janeiro e o dia 15 de setembro deste ano, o Amazonas teve o maior número de focos de queimada da história, desde 1998, em 23 anos de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nestes oito meses e meio, o total de alertas de queimadas já é maior do que todo o ano de 2019.
Conforme o Programa Queimadas, foram detectados 13.666 focos de janeiro a 15 de setembro. Isso é 36% a mais do que o mesmo período do ano passado, que já havia sido o segundo maior da história, pois, até então, o recorde tinha sido registrado em 2005, com 10.560 focos.
O mês de agosto deste também já havia sido recorde em 23 anos, com 8.030 mil focos detectados pelo satélite.
Quanto aos alertas de desmatamento, o mês de agosto também foi recorde, com 221,05 quilômetros quadrados de degradação. No acumulado de janeiro a agosto, 2020 tem apenas 49 quilômetros quadrados a menos de desmatamento do que o mesmo período do ano passado.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, afirma que a pandemia de Covid-19 dificultou as ações de prevenção às queimadas neste ano. Outro motivo para o aumento recorde, segundo ele, são as altas temperaturas e o período de clima seco.
O secretário enumerou os planos criados pelo governo do Amazonas para enfrentar o problema, como: o decreto de Emergência Ambiental, assinado em maio, com duração de 180 dias; o Plano de Controle e Prevenção à Queimadas, criado em junho deste ano; e o programa Amazonas Mais Verde, que vai custar R$ 56 milhões, lançado na última terça-feira (15).
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Christian Braga / Greenpeace