Entre 1º de janeiro e 12 de agosto deste ano, o sistema de avisos de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o Amazonas já perdeu quase toda a área suprimida ao longo de todo o ano de 2021.
No período de menos de oito meses, a identificação de degradações gerou 6 mil alertas sobre uma área de 1.809,43 km². Em todo o ano passado, de janeiro a dezembro, foram 7.964 avisos correspondentes a 1.831,39 km² desmatados.
Quando comparados períodos iguais, apenas entre os meses de janeiro e agosto, 2022 registra um aumento superior a 23% na área degradada. Isso incluídos todos os 31 dias de agosto do ano passado e apenas 12 dias do mesmo mês de 2022.
No topo do ranking de municípios com mais desmatamento no Amazonas em 2022 aparecem: Apuí (523 km²); Lábrea (401 km²); Novo Aripuanã (205 km²); Manicoré (153 km²); e Canutama (108 km²).
Já no ‘top 10’ dos municípios com mais áreas desflorestadas na Amazônia Legal em 2022, o Amazonas tem quatro cidades: Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã e Manicoré.
Em relação a outro sistema de monitoramento do Inpe, o de queimadas, o Amazonas tem os mesmo quatro municípios no ‘top 10’ de focos de calor em 2022. Quanto aos incêndios, o Estado apresenta uma redução de 23% no período de 1º de janeiro a 23 de agosto deste ano em comparação com 2021. Neste intervalo, no ano passado, o total foi de 9.985 focos de queimadas. Atualmente são 7.697 contabilizados. Ou seja, 2.288 a menos.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação/Governo do Amazonas