Em apenas três dias de setembro, Amazonas tem quase 900 focos de queimadas

Apenas nos três primeiros dias de setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 891 focos de queimadas no Amazonas. Isso representa mais de 16% de todos os incêndios identificados em agosto.

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Conforme o Programa Queimadas, do Inpe, em agosto o Estado teve a menor quantidade de focos de calor desde 2019, com queda de 32,55% frente a agosto de 2022 (8.116 contra 5.574).

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o Amazonas teve 7.811 queimadas, a menor quantidade para oito meses desde 2019, quando foram 8.366. Além disso, houve redução de 21,20% frente a 2022 (9.912).

Os prejuízos das queimadas são inúmeros para o meio ambiente e para a saúde humana. A fumaça e a fuligem diminuem a qualidade do ar e provocam doenças respiratórias, como asma e renite. Atingem principalmente crianças e idosos, e às margens das rodovias podem diminuir a visibilidade dos motoristas e provocar acidentes graves.

Nas áreas rurais, as queimadas diminuem a fertilidade dos solos e tornam as lavouras menos produtivas, além de comprometerem a qualidade da água, pois destroem as matas ciliares, que são a proteção dos rios, riachos, córregos e ribeirões. Os incêndios contribuem ainda para a ocorrência de seca e a baixa unidade relativa do ar. Além disso, estudos científicos comprovam que as queimadas são a segunda maior causa para o aumento do efeito estufa e do aquecimento global.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação/CBAM