Desemprego e desalento diminuem no Amazonas, mas 60% dos empregados são informais

O Amazonas fechou o segundo trimestre deste ano com 27 mil desempregados a menos em relação ao período entre janeiro e março e, ao mesmo tempo, tem 43 mil pessoas a mais na informalidade. As informações constam na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Trimestral (PNAD-Contínua), do IBGE.

De acordo com o IBGE, o Estado tinha 330 mil desempregados em março e o número caiu para 303 mil em junho. Por isso, a taxa de desocupação passou de 17,5% para 15,6%.

No segundo trimestre, o número de desalentados caiu 15% frente ao primeiro. Saiu de 165,6 mil para 144 mil pessoas. Desalentadas são aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego.

A pesquisa também mostra que, ao final de março, o Amazonas tinha 515 mil trabalhadores na informalidade e, em junho, o quantitativo subiu para 558 mil. Isso eleva a taxa de informalidade do Estado de 55% para 59,7%, o terceiro maior índice do Brasil e quase 20% acima da média nacional, que é de 40,6%.

O Amazonas fechou o 2º trimestre com 1,642 milhão de pessoas ocupadas. Destes, 879 mil não têm carteira assinada ou CNPJ.

Número de empregados por conta própria sobe mais uma vez

No Estado, 602 mil pessoas trabalhavam por conta própria no 2º trimestre do ano. São 51 mil a mais na comparação com o trimestre anterior, uma alta de 9,3%. E na comparação com o 2º trimestre de 2020, são 135 mil pessoas a mais trabalhando por conta própria, alta de 28,8%. Dessas pessoas, 558 mil não têm CNPJ, ou seja, 92,7% dos ‘conta própria’ estão na informalidade.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Altemar Alcantara/Semcom