Deputado afirma que governo do AM tem R$ 4 bilhões em caixa e reclama da falta de transparência

A transparência, ou falta dela, no governo do Amazonas, quanto ao dinheiro disponível nos cofres do Estado, foi um dos principais temas debatidos na sessão plenária online na Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas), nesta terça-feira. O deputado Serafim Correa afirma que o governo demonstra resistência em ser transparente, pois não detalha estes números para a sociedade.

O Governo do Amazonas informou, por meio de nota,  que a interpretação de que há sobra de R$ 4,4 bilhões no caixa do Governo é incorreta.

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O que diz o Governo do Amazonas:

Por meio de nota, o Governo do Amazonas esclarece que os R$ 4,4 bilhões discriminados como “disponibilidade de caixa” no Relatório de Gestão Fiscal, referente ao primeiro quadrimestre de 2020, são referentes aos recursos que, ao final de abril deste ano, estavam disponíveis no caixa dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. Esclarece ainda que, do total disponível, 68% são recursos vinculados, ou seja, não podem ser usados livremente pelo Estado.

Conforme o Relatório de Gestão Fiscal, dos R$ 4.406.998.081,53 de disponibilidade de caixa no final de abril, um total de R$ 2.992.483.364,88 (68%) são recursos vinculados a despesas com a previdência, convênios e operações de crédito, além daquelas relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), entre outras vinculações e fundos.

Os demais 32% do total de disponibilidade de caixa, o equivalente a R$ 1.414.515.716,65, são divididos entre o poder Executivo (59%), os demais poderes (39%) e a Fundação Amazonprev (9%).

Caixa do Executivo

Subtraídas as receitas vinculadas e as destinadas aos demais poderes e à Amazonprev, o Governo tinha disponível em caixa no final do primeiro quadrimestre de 2020, o montante de R$ 837.756.722,41, valor que foi destinado principalmente ao pagamento da folha de pessoal, com todos os seus encargos, no início de maio; à transferência para os municípios, na primeira semana de maio, do valor arrecadado de ICMS na última semana de abril; ao pagamento da dívida pública; e na aplicação mínima constitucional nas áreas de educação e saúde.

Bruno Elander  -Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação/ Marcelo Araújo