Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apontam que o consumo nos lares brasileiros encerrou o primeiro trimestre com alta de 1,98%. Na comparação de março ante fevereiro, houve aumento 7,29%. Na comparação de março de 2023 com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 4,58%.
O resultado contempla os formatos de loja atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De acordo com a Associação, o primeiro trimestre do ano trouxe alívio para os consumidores, com menor pressão da inflação nos alimentos, diferente do que ocorreu no mesmo período do ano passado.
Em março, outro fator que interferiu no consumo foi a compra de produtos para a Páscoa, e o adicional de R$ 150,00 por crianças de até seis anos para 8 milhões de famílias inscritas nos programas de transferência de renda do governo federal.
Também influenciaram no aumento o reajuste do salário-mínimo; a manutenção do pagamento de R$ 600 do Bolsa Família; o Auxílio Gás, no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos, pago em fevereiro; o resgate do Pis/Pasep; o pagamento dos lotes residuais de Imposto de Renda para contribuintes que caíram na malha fina ou entregaram a declaração em atraso e reajustes das bolsas da educação.
Segundo a Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) registrou queda de 0,94% no primeiro trimestre. Em março, houve queda de 0,62%, fazendo com que o preço na média nacional passasse de R$ 752,04, em fevereiro, para R$ 747,35 em março.
Entre as altas aparecem o feijão (7,29%), arroz (6,05%), ovo (10,33%), farinha de mandioca (7,64%) e leite longa vida (4,40%).
Fotos: Agência Brasil