Com taxa de desemprego recorde, informalidade dispara e 294 mil pessoas buscam emprego no AM

O IBGE divulgou, nesta quarta-feira (10), a consolidação das estatísticas do mercado de trabalho no Amazonas em 2020. A boa notícia é que o Estado apresentou melhora na taxa de desemprego, no 4º trimestre em relação aos três meses anteriores e passou do 7º para o 11º lugar no ranking dos estados com maior taxa de desocupação do País. Por outro lado, o número de trabalhadores que se declararam ocupados, mas sem CNPJ (516 mil), é proporcionalmente o terceiro maior do Brasil, segundo o chefe do IBGE no Amazonas, Ilcleson Mendes.

Conforme o IBGE, do total de pessoas em idade de trabalhar no Estado (3 milhões 135 mil), 1 milhão e 601 mil terminaram o ano passado empregadas. Porém, 58,7% delas (939 mil pessoas) estavam na informalidade, sendo 74 mil a mais em relação ao trimestre encerrado em setembro. Neste montante, houve alta no número de trabalhadores por conta própria, que chegou a 548 mil pessoas (32 mil a mais em relação ao trimestre encerrado em setembro).

Nesse contexto, o número de pessoas empregadas sem carteira assinada também aumentou no 4º trimestre de 2020. No total, são 184 mil trabalhadores (26 mil a mais em relação ao trimestre anterior). Outro aumento considerável foi no número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ: 33 mil a mais no último trimestre do ano, em relação ao trimestre anterior. Além de todos estes, 294 mil ainda buscavam emprego em dezembro.

O salário médio dos trabalhadores estava em R$ R$ 1.919,00 em dezembro.

Assim, a taxa média de desocupação no Amazonas em 2020 foi de 15,8%, a maior da série histórica da pesquisa. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Contínua Trimestral.

 

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Alex Pazuello/Semcom