Amazonas tem o maior nível de registros de invasão e clonagem de aplicativo dos últimos três anos

“Clonaram meu WhatsApp, se receber mensagem minha, não sou eu!” ou “Meu aplicativo do banco está bloqueado. Tem como você pagar essa conta pra mim, e mais tarde te devolvo?”. Essas frases tornaram-se comuns nos últimos meses. Um golpe que vem causando prejuízos. O publicitário, Macildo Ribeiro, e outros integrantes da família, quase caíram nesse golpe quando um familiar teve o aparelho clonado. Ele relata a experiência desagradável.

 

 

Em Manaus, de janeiro a julho deste ano, 735 vítimas registraram Boletim de Ocorrência. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, este é o maior nível dos últimos três anos na capital. Se comparados os números dos sete primeiros meses deste ano com aqueles de todo o ano de 2020, o crescimento já é de 50%.

 

De acordo com a DERCC – Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos os golpistas costumam selecionar as vítimas ao navegar em páginas de compra e revenda de produtos e em redes sociais. O delegado Rafael Montenegro, explica a dinâmica desse tipo de crime.

 

 

Após a instalação do aplicativo de mensagens, os criminosos entram em contato com amigos e parentes da vítima, contando histórias que envolvem a necessidade urgente de um depósito bancário, com a promessa de devolver em breve.

 

 

A pena para quem invadir um dispositivo a fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do dono, ou ainda instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita, é de um a quatro anos de reclusão e multa. A vítima de um golpe dessa natureza deve procurar a Polícia imediatamente e registrar um Boletim de Ocorrência.

 

Tania Freitas – Rádio Rio Mar

Foto: Tarcísio Heden/SSP-AM