Campanha Maio Roxo destaca a importância do diagnóstico precoce de doenças intestinais

Diarreia crônica, cólica abdominal, perda de sangue nas fezes e emagrecimento são alguns dos sintomas relacionados às doenças inflamatórias intestinais, que acometem cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Os alertas sobre as doenças inflamatórias intestinais estão em evidência neste mês, com as atividades do Maio Roxo, dedicadas à conscientização da doença.

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal, celebrado em 19 de maio, foi criado para aumentar o debate público em torno do problema e sensibilizar a sociedade para a importância do diagnóstico precoce e o tratamento correto para melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

Elas acometem pessoas de diferentes classes socioeconômicas, idade, sexo e nacionalidade. Sua incidência tem aumentado em todo o mundo à medida que aumenta a capacidade de serem diagnosticadas, porém, a prevalência desses distúrbios no Brasil tem se tornado preocupante e a campanha Maio Roxo visa dar maior visibilidade a esta temática.

A gastroenterologista Arlene Pinto, que atua na Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, reforça o objetivo da campanha. De acordo com a médica, desconfortos intestinais, como dor abdominal e diarreia, por serem sintomas comuns e inespecíficos, podem ocultar problemas crônicos, como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, condições que, quando não são tratadas corretamente, podem desencadear complicações graves.

O tratamento deve ser iniciado e realizado de modo contínuo com o primeiro atendimento em uma Unidade Básica de Saúde. Após essa primeira avaliação, o paciente é encaminhado para atendimento especializado. No Brasil são mais de um milhão de pessoas afetadas, no Amazonas, os números não são precisos, o que reforça a importância de observar com mais atenção os sintomas.

No estado, os pacientes são acompanhados na Fundação Hospital Adriano Jorge e Policlínica Codajás. O tratamento é medicamentoso, disponibilizado pelo SUS, e em casos mais graves é feita a cirurgia para retirada de parte do intestino.

Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar