Amazonas envia nova remessa de insumos para os Yanomamis, em Roraima

Foram enviados medicamentos e nutrição em pó para adultos

Uma nova remessa de insumos para atender os povos Yanomami, em Roraima, foi enviada, nessa terça-feira (07). A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) repassou ao Governo de Roraima esses insumos com o intuito de ajudar os que estão em situação de vulnerabilidade. Foram enviadas 49.020 unidades, entre medicamentos e nutrição em pó para adultos.

A ajuda humanitária prestada a Roraima tornou-se possível devido ao abastecimento da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema). Entre os medicamentos, estão ibuprofeno, omeprazol e paracetamol, que devem auxiliar no tratamento de doenças que atingem os povos Yanomamis. O secretário de estado de saúde do Amazonas, Anoar Samad, falou sobre o envio dos insumos.

“Foi um pedido da Secretaria de Saúde de Roraima para que nós pudéssemos ajudar, sobretudo com medicamentos e latas de leite específicas para crianças”, pontuou.

 

A primeira remessa de insumos foi enviada no último dia 25, quando o Amazonas destinou 16 mil latas de fórmula nutricional infantil.

“Hoje enviamos o segundo caminhão e continuaremos aqui à disposição para o que precisarem. Estaremos juntos para vencer mais essa dificuldade humanitária “, concluiu o secretário Anoar.

Primeira remessa

O Governo de Roraima, em parceria com o Governo do Amazonas, enviou os medicamentos e composto lácteo nutricional. O carregamento foi entregue a Casai (Casa de Saúde Indígena) Yanomami, que atende a etnia em Boa Vista. Toda a logística foi coordenada pela CGAF (Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica) da Sesau (Secretaria de Saúde).

“O Governo do Estado está comprometido com a solução da crise enfrentada pelos povos yanomami e buscando parcerias para reforçar o trabalho. Além disso, nossas unidades de saúde estão preparadas para receber e tratar os casos mais graves”, declarou o governador Antonio Denarium.

Ao todo, foram doados mais de 16 mil latas de composto nutricional para combater a desnutrição infantil e adulta, além de mais de 203 mil unidades de medicamentos. “Essa união de forças entre os entes federativos é muito importante neste momento. O Governo acompanha a crise e está à disposição dos órgãos para o que for necessário”, afirmou o secretário.

De acordo com o coordenador da CGAF, Charles Gonçalves, o Governo é parceiro dos povos indígenas, e todas as vezes que os Dsei (Distritos Sanitários Especiais Indígena) Leste e Yanomami buscam a Sesau, a secretaria atende os órgãos prontamente, dentro das possibilidades e atribuições.

O Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública diante das condições sanitárias do povo indígena Yanomamis. A portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial após registros da casos de desnutrição infantil e malária. Divulgou ainda que 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. Os dados são referentes a 2022, e as vítimas foram crianças entre um a 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia. A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome.

Com informações Secom

Fotos: Antônio Lima/Secom

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