A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19 ouviu, nessa quinta-feira (28), especialistas que defenderam a continuidade do uso de máscaras mesmo com o avanço da vacinação. O debate abordou ainda a flexibilização da proteção em locais abertos e a adoção do passaporte sanitário.
De acordo com a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, apesar do recuo no número de casos com o aumento de doses aplicadas, só a vacinação não consegue realizar o controle da transmissão do vírus, e o uso de máscara e o distanciamento precisam ser mantidos.
Segundo o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alex Machado, não se pode confundir a necessidade de retomada de atividades coletivas com o fim da pandemia, sob o risco de que decisões erradas possam trazer consequências nocivas no futuro.
Conforme o assessor técnico do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela, qualquer medida que for adotada para controle da Covid-19 não pode ser realizada nacionalmente porque as realidades em cada estado são diferentes.
Sobre o passaporte sanitário, o assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Alessandro Aldrin, disse que o certificado de vacinação é fundamental para a retomada dos eventos coletivos.
O passaporte vem em boa hora para esses eventos, sim. A economia tem de voltar a girar, mas de forma segura”, destacou. “Estamos em democracia, então por que alguém que não quer se vacinar pode colocar minha saúde em risco? De forma alguma! Ele tem a prerrogativa dele, mas não pode colocar em risco o coletivo, ele não pode entrar em um estádio ou show com 30 mil pessoas”, acrescentou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Fotos: Câmara dos Deputados