O cliente terá que apresentar o cartão de vacina para comprovar que tomou, pelo menos, uma dose do imunizante contra a Covid-19. O Governo diz que a exigência é para incentivar a vacinação. O horário de funcionamento de flutuantes, bares, restaurantes e similares foi estendido para até às 3h.
O Presidente da Abrasel (Associação de Bares, Restaurantes e similares do Amazonas) Fábio Cunha defendeu a medida, disse que traz igualdade entre os setores e pode favorecer a recuperação econômica. “Então agora podemos atender em horário mais elástico e trazer mais segurança para o setor poder investir em carteira assinada, investir mais no seu negócio”, diz.
Sobre a exigência da carteira de vacinação dos clientes, garantiu que haverá investimento para cumprir a determinação.
“Nós acatamos com muita responsabilidade esse pedido, vamos fazer isso funcionar, porque afinal nós somos também muito responsáveis com a saúde das pessoas que nos prestigiam e das pessoas que trabalham conosco. Nós já atendemos à uma cartilha de vigilância sanitária bem rigorosa e estamos investindo nessa nova cartilha da retomada”, diz
Já o engenheiro Marcus Vinicius, proprietário do flutuante de locação Arpoador apoia o incentivo à vacinação, mas demonstrou preocupação com a obrigatoriedade. “Só com a vacina vacina que a gente vai conseguir diminuir essa pandemia, que já está vindo outra variante, então temos que conscientizar em relação à vacina. O meu medo é a gente tomar medidas autoritárias, por exemplo, se eu barrar alguém no flutuante, alguém que não tenha cartão de vacina, vou estar respaldado por alguma lei ou somente pelo decreto. Por que eu posso ser prejudicado, aquele cliente me processar, dizendo que estou interferindo no direito dele de ir e vir”.
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Ele cobra regulamentação para respaldar os proprietários quando precisarem barrar um cliente “sendo que a vacina, infelizmente, não é obrigatória”.
Além de exigir a carteira de vacinação e ampliar o horário, bares e similares podem funcionar com 75% de ocupação. Já os flutuantes podem abrir das 7h às 19h, com música ao vivo. A flexibilização vale por 15 dias e ocorre justamente quando a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações Flávia Bravo recomendou ao Amazonas a revisão das medidas de afrouxamento na circulação de pessoas, considerando a ameaça da variante Delta.
“Trabalhar estrategicamente para conseguir que a maior parte dos que estão incompletamente vacinados complete a sua vacinação. Associado à isso, a revisão do afrouxamento das medidas de prevenção, de afastamento, exigência de máscara, horário de funcionamento, etc.”
O Amazonas já recebeu mais de 4 milhões de doses de vacinas, mas aplicou menos de 3 milhões de doses e 19% da população está com a imunização completa. Segundo o governador Wilson Lima, o Amazonas segue vigilante em relação à pandemia e os casos de internação seguem caindo.
O que diz o Governo
Sobre a fiscalização do cumprimento do decreto por bares e restaurantes, o Governo do Amazonas informou, em nota, que a Central de Fiscalização Integrada vai manter os trabalhos de fiscalização e orientação dos estabelecimentos comerciais.
O Governo do Amazonas reforça, também, a necessidade de apoio da população e dos comerciantes e empresários no cumprimento dos protocolos de segurança e na exigência do cartão de vacinação dos frequentadores.
Outras medidas
Outras medidas de afrouxamento valem para feiras e mercados, que podem funcionar com 75% de ocupação e está liberado o consumo de alimentos. Os eventos sociais podem ocorrer até às 3h com a mesma limitação de até 200 pessoas. A partir de hoje, hotéis e pousadas devem exigir teste rápido de antígeno ou RT-PCR dos frequentadores.
Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar