Vice-governador acusa Wilson Lima e fala em ‘quadrilha’, ‘conluio’ e assalto aos cofres públicos

Após o Ministério Público Federal denunciar o Vice-governador do Amazonas e outros gestores por improbidade administrativa na contratação de uma empresa para administrar unidades de saúde de Manaus, Carlos Alberto Souza de Almeida Filho (PTB) divulgou uma nota em suas redes sociais com acusações ao Governador Wilson Lima, com o qual diz que rompeu relações em maio do ano passado.

O Vice-governador declara que é inocente e o inquérito da Polícia Federal demonstra que não houve participação dele em ilícitos da Operação Sangria, por isso não houve indiciamento.

“Não faço parte da rede de esquemas responsável por fraudes no estado do Amazonas em meio a um dos momentos mais críticos da sua história. Jamais participei, cooptei ou me associei a qualquer ilícito. Meus princípios e minha história fizeram me afastar completamente deste governo e de suas práticas, há quase um ano”, declarou.

Carlos Almeida Filho afirma que sofreu ameaças, retaliações, ridicularização, que sua família foi atacada e passou por uma crise pessoal no período em que rompeu com o governo, mas que se recusa participar do que chamou de ‘quadrilha’ e que, nas palavras dele, ‘só faz prejudicar o povo amazonense e o Brasil’. Ele diz ainda que vai responder em público e criminalmente tais ameaças.

O texto continua nos comentários da rede social pessoal do Vice-governador e menciona o fato de o Amazonas ser foco do noticiário internacional durante a Pandemia de Covid-19. “Tal desastre só ocorre pela notória falta de compromisso, conhecimento e espírito público. O cenário responsável pela morte e sofrimento de milhares de amazonenses, só foi possível pelo escandaloso despreparo e conluio do governador”, afirma.

Sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República que o inclui na fraude da compra de respiradores, Carlos Almeida afirma que se trata de um gesto “incoerente e infundado”. O gestor também declarou que é “confundido em meio a um governo que abrigou criminosos de má índole para assaltar os cofres públicos”.

Entramos em contato e aguardamos o posicionamento do Governo do Amazonas.

Veja a nota na íntegra:

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar