Vazante deixa nove cidades do Amazonas em situação de alerta

O levantamento da Defesa Civil estadual mostra que nove municípios do Amazonas estão em situação de alerta por causa da estiagem, são elas:

Calha do Juruá

Guajará

Ipixuna

Itamarati

Eirunepé

Envira

Carauari

Calha do Purus

Boca do Acre

Pauini

Canutama

O pesquisador em Geociências na Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais André Martinelli diz que a vazante extrema já é uma realidade para algumas regiões, como o Alto Solimões. “As cidades que estão inseridas nos rios que correm Sul-Norte, como Javari, Juruá, Purus e Madeira, já estão passando pelo processo de vazante severa”.

O chefe do Centro de Monitoramento e Alerta Sargento Charlis Barroso explica que o monitoramento da Defesa Civil está direcionado às Calhas do Solimões, Purus, Juruá e Madeira devido ao período de vazante. O Alto Solimões apresentou níveis extremamente baixos no fim de agosto e neste início de setembro está em status de atenção.

“A calha do Juruá e Purus encontram-se em status de alerta, nos últimos dias tem oscilado entre subida e descida e a calha do madeira, que tem variado bastante nos últimos dias, mas ainda não indicando um final de vazante. Ainda é cedo para dizer que chegamos ao final da vazante”, conta.

A menor vazante registrada no rio Juruá tendo como referência o município de Cruzeiro do Sul foi em 1995 atingindo a cota de 2,20 m. Atualmente, falta 1,57 m para atingir essa cota, por isso a região está status de alerta.

Nas outras calhas é preciso que os rios baixem mais cerca de dois metros para atingirem as maiores secas da história.
13 cidades do Amazonas estão em situação de atenção por causa da estiagem.

Setembro é o mês em que os níveis dos rios descem com mais intensidade. Em outubro, ocorre a transição da estação seca para chuvosa, mas não há um padrão generalizado em todo o Estado. Por exemplo, o comportamento do Rio na região de Tabatinga só reflete em Manaus cerca de três semanas depois. “Por exemplo, em Tabatinga, Benjamin Constant, Fonte Boa e Atalaia do Norte já estão no período de seca, quando normalmente as cotas são mais baixas”

Para Manaus, o Rio Negro está em 25,29 m e o auge da vazante está previsto para meados de dezembro e janeiro.

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar