Troncos à deriva colocam em risco a segurança da navegação

Quem passa pela orla de Manaus já deve ter notado uma grande quantidade de capim flutuando pelo Rio Negro. As ilhas flutuantes são as vegetações que cresceu no fundo do Rio, durante a estiagem. Agora, com a subida das águas, a vegetação se desprendeu e encobre o espelho d’água. O Biólogo e especialista em vegetação aquática, André Menezes, explica que as ilhas de capim, normalmente, aparecem nesse período de cheia no Amazonas.

As ilhas de capins Além de encobrir o espelho d’água, também trazem perigos a navegação. Mas a vegetação não é o único entulho que surge com a subida das águas. Os troncos de árvores também são frequentes nesse período de enchente. E essa madeira que fica à deriva compromete a segurança da navegação, nas principais hidrovias do Estado. No Rio Madeira, que liga Porto Velho a Manaus, a ida e vinda passou a ser liberada, mas os comandantes das embarcações precisam ter a atenção redobrada, explica Manoel Silva, que é responsável por um barco de grande porte.

As toras de madeira também são vistas com frequência no leito dos Rios, Japurá e Solimões. Em determinados momentos, as rotas dos barcos precisam ser alterados para evitar acidentes. Mas essa manobra, acaba atrasando as viagens. E como o Rio ainda está no processo de enchente, a Marinha do Brasil recomenda o uso de equipamentos de geo-referênciamento, que ajudem a identificar os obstáculos nas águas e prevenir incidentes.

Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação/Internet