Brincar, estudar, ter direito à saúde e à dignidade são direitos constitucionais garantidos às crianças brasileiras. Apesar de fundamentais, esses direitos esbarram muitas vezes em condições socioeconômicas que encurtam o trajeto de amadurecimento natural das crianças e apressam responsabilidades – o que gera experiências que se refletem em um futuro incerto e, por muitas vezes, traumático e limitador.
Segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta com 1,8 milhão de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. Para tentar reverter o quadro, foi realizado o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, que foi instituído no dia 12 de junho, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Segundo a Conselheira Tutelar Joice Leão, que atua na zona centro oeste de Manaus, o contexto da pandemia de covid-19, e a desigualdade social são fatores que contribuem para a problemática.
A conselheira alerta que além de limitar o crescimento infantil, esse tipo crime impede o acesso à educação, e contribui para o aumento das diferenças sociais.
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A exploração do trabalho infantil é um fenômeno complexo e de causas múltiplas. Por isso, é fundamental que a sociedade se uma para combater esse tipo de atividade.
Ao suspeitar que uma criança esteja trabalhando, denuncie por meio do Disque 100, ou dos canais de denúncia do município – 0800 092 6644 ou 0800 092 1407.
Yuri Bezerra, Rádio Rio Mar