Trabalhadores da construção civil paralisam atividades e fecham av. Djalma Batista

Os trabalhadores da construção civil paralisaram as atividades nesta sexta-feira,13, em todos os canteiros de obras e adjacências de Manaus, para pedir melhores condições de trabalho, permanência de benefícios como vale transporte, cesta básica, reajuste salarial, além do cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CLT), cujas negociações se arrastam desde julho de 2017. Segundo a categoria, 10 mil trabalhadores aderiram ao manifesto. A Avenida Djalma Batista foi fechada nos dois sentidos e o trânsito se complica no local. De lá, os manifestantes seguiram para o prédio do Ministério Público do Trabalho, na avenida Mário Ypiranga.

Os trabalhadores pretendem chamar atenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Sindicato Patronal (Sinduscom-AM) visando a garantia dos direitos trabalhistas.  Segundo Cícero Custódio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Montagem e Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sintracomec-Am), o ato é legítimo e defende os direitos dos trabalhadores previstos na Constituição Federal.

“Os trabalhadores estão sentindo os prejuízos no bolso com as medidas da reforma trabalhista, que só veio tirar os direitos conquistados há 70 anos. Os patrões querem retirar do trabalhador o direito de receber benefícios básicos como vale transporte, cesta básica, férias e plano de saúde”, destacou Cícero.

Sinduscom

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM) informou que recebeu com surpresa e indignação o  comunicado de ameaça de paralisação dos trabalhadores da construção civil. Conforme o órgão,  eles estavam em meio a um processo de finalização de um acordo parcial que resolveria mais de 80% dos pontos em discussão no dissídio judicial apresentado pelo Sintracomec.

O Sinduscom-AM diz que lamenta a declaração de paralisação fora dos permissivos legais embasada na inverídica alegação de impasse nas negociações extrajudiciais e que reforça seu compromisso com o desenvolvimento econômico e social do Amazonas e espera na justiça a definição sobre as regras coletivas, em razão disso convoca a todos os trabalhadores que compõe os quadros das empresas associadas a se manterem trabalhando e assim protestar contra os oportunistas que utilizam-se da boa fé de seus associados para atendimento de seus próprios interesses políticos.

Cíntia Valares – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação