O Amazonas deve ganhar novos investimentos nos próximos meses. É o que prever os projetos que estão sendo analisados, esta semana, pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que completa 57º anos de existência neste 28 de fevereiro. Segundo a pauta, os investimentos podem chegar a R$ 2,8 bilhões para a indústria do estado. O valor é a soma do que está previsto para ser apreciado na pauta do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam), na quinta-feira (29), e no Conselho de Administração da Suframa (CAS), na sexta (1º). Este último contará com a presença do vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin.
O CAS e o Codam são as duas maiores instâncias do estado para aprovação de incentivos fiscais a projetos industriais de implantação, diversificação e atualização. O modelo de vantagem tributária para empresas, em comparação a outras praças, é o pilar da Zona Franca e da economia do Amazonas. Na ‘super semana’ da indústria amazonense, a primeira reunião é a do Codam, realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti). A pasta prevê um total de R$ 1,6 bilhão em investimentos. Deste total, R$ 1 bilhão se refere a um projeto de atualização da Yamaha Motor da Amazônia, uma das gigantes da Zona Franca, que está atualizando sua produção no estado.
Na pauta do Codam, estão 32 projetos que preveem a geração de 748 novas vagas de emprego formal. O maior valor de investimentos (R$ 1 bilhão) é para atualização de produções já existentes. Na categoria ‘implantação’, que se refere a negócios totalmente novos, o montante chega a R$ 41 milhões. Já a ‘diversificação’ de produções prevê investimentos de R$ 529 milhões.
“A Zona Franca se supera e mostra o momento do aquecimento da economia brasileira, não apenas no Amazonas, mas no Brasil todo. Isso é altamente positivo e, de nossa parte, seguindo a orientação do governador, o objetivo é tornar o ambiente de negócios sempre melhor e acho que temos conseguido isso”, afirma o titular da Sedecti, Serafim Corrêa.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a economia brasileira cresça 1,7% neste ano. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de tudo o que é produzido no país, deve ficar em 3%, o mesmo do ano passado. Já a indústria de transformação e construção, que engloba boa parte da atividade da Zona Franca, deve crescer entre 0,3% e 0,7%, percentual considerado modesto. É, porém, uma recuperação do ano passado, quando houve queda de 0,7% no setor.
A própria Zona Franca viu uma desaceleração do seu crescimento observado nos últimos anos. Entre janeiro e novembro de 2023, faturou R$ 161,50 bilhões, um crescimento de 7,97% em comparação ao mesmo período de 2022. O percentual é três vezes menor que o período entre 2021 e 2022, quando o faturamento teve alta de 35%.
CAS
A primeira reunião do CAS em 2024 também é cercada de expectativa. Realizado pela Suframa em alusão ao aniversário da autarquia e do modelo Zona Franca, o encontro deve contar com a presença do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Econômico, Geraldo Alckmin. A reunião será na sede do órgão, na sexta-feira (1º).
Na pauta, está prevista a apreciação de 33 projetos industriais e de serviços, cujos investimentos devem chegar a R$ 1,2 bilhão. Do total de novos negócios analisados, 15 são de implantação, 13 de diversificação e cinco de atualização.
Conforme divulgado à imprensa, o encontro também contará com a participação do superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, o ministro de Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequena Porte, Márcio França, além de autoridades, parlamentares, representantes de entidades de classe e governantes da área de atuação da Autarquia, entre outros.
Com informações da assessoria de imprensa – Orestes Litaiff – Rádio Rio Mar
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