A ordem de serviço para a construção do ‘Complexo Viário Rei Pelé’, na Rotatória do Produtor, zona leste de Manaus, está assinada desde o dia 03 de janeiro deste ano. O prazo contratual estabelecido com a empresa Consórcio Amazônidas é de 540 dias, dos quais 222 já se passaram com pouco avanço na construção em sete meses.
A prefeitura de Manaus reconhece o atraso e a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Semin) atribui o problema à concessionária Amazanas Energia: “obras foram iniciadas e o prazo estimado do início do projeto do ‘Complexo Viário Rei Pelé’ foi majorado por conta das torres de transmissão da área e a dificuldade da concessionária de energia em desligar a rede de abastecimento da área”.
A Seminf diz ainda que as obras estão em andamento, na fase de execução das estacas das fundações.
A Amazonas Energia disse que a equipe de engenharia da concessionária sugeriu à Seminf traçados alternativos para possibilitar a execução da obra, além de estimativa de orçamentos para subsidiar a Seminf a executar os traçados sugeridos. “Após isso, não houve retorno da Seminf apresentando os projetos executivos para aprovação da concessionária, bem como os respectivos cronogramas”, informou a Amazonas Energia.
Ainda conforme a concessionária, depois de todas aprovações de projetos e cronogramas, são definidas as programações de desligamentos para viabilizar a obra, o que não foi feito, até o momento, porque a Seminf não apresentou as planilhas.
Diante dos argumentos da Amazonas Energia, a Seminf disse que “o projeto executivo das estruturas de concreto sofreu alteração e está em fase de finalização para ser encaminhado a Amazonas Energia para qualquer mudança necessária no posteamento de alta tensão”.
Conforme o contrato entre Prefeitura de Manaus e Consórcio Amazônidas, o ‘Complexo Viário Rei Pelé’ custará R$ 81 milhões e 97% será pago com dinheiro do caixa do governo do Estado.
Prefeitura implanta primeira estaca de sustentação do viaduto ‘Rei Pelé’, na rotatória do Produtor
No canteiro de obras, máquinas e homens fazem a escavação do solo e a implantação das primeiras estacas de sustentação do viaduto. “Essa etapa do projeto (geométrico) é importante para obtermos informações básicas a respeito da geomorfologia da área, além de definir a viabilidade técnica, econômica e social da obra. São etapas cruciais que nos ajudam a garantir a qualidade de entrega”, disse o secretário da Seminf, Renato Junior.
Em vistoria à obra, na última terça-feira (08), o secretário constatou a necessidade de implantar mais de 1,5 mil estacas de sustentação. “A empresa terceirizada iniciou a implantação das primeiras estruturas. Vamos seguir a determinação do prefeito David Almeida de acelerarmos os passos para que essa obra seja entregue logo à população”, afirmou Renato Junior.
No local, torres de alta e baixa tensão foram identificadas pela equipe. “Por isso, tivemos de empreender alguns cuidados, até para resguardar os trabalhadores. Isso nos atrasou um pouco, assim como também a necessidade de se estudar o solo, para implantar as estacas. Não podemos colocar em risco a vida das pessoas que trafegam por aqui”, comentou Renato Junior.
Conforme o secretário, as obras serão intensificadas na madrugada para acelerar a conclusão do projeto. “Vamos trabalhar de dia e de noite, para que possamos entregar a Manaus uma obra que resolva esse problema viário. Uma solução tão esperada pela população das zonas norte e leste”, complementou.
Bruno Elander – Rádio Rio Mar
Foto: Rotatória do Produtor Márcio Melo / Seminf