Senador Omar Aziz é proibido pela Justiça de deixar o País

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 19, a quinta fase da operação Maus Caminhos, denominada Vertex, que teve como alvos o senador Omar Aziz (PSD), a ex-primeira dama Nejmi Aziz e três irmãos do político: Murad, Mansour e Amin Aziz. Como tem foro privilegiado, o senador não pode ser preso, mas está impedido pela Justiça de se comunicar com os outros investigados e nem pode viajar para fora do País. Todos os outros foram presos temporariamente.

Foram cumpridos 09 mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas que totalizam R$ 92,5 milhões e 07 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis.

O delegado Alexandre Teixeira explica quais são as acusações e suspeitas sobre as pessoas investigadas.

Ouça:

A investigação foi desmembrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da Operação Maus Caminhos, porque os fatos investigados pela Polícia Federal no Amazonas são de antes de Omar Aziz começar a exercer o cargo de senador, quando era governador do Estado.

Conforme a investigação, uma das formas de pagamento de propina identificada é o repasse de veículos de luxo em nome de empresas para uso exclusivo dos familiares do senador. O delegado Alexandre Teixeira, responsável pelas investigações desde a deflagração da Operação Maus Caminhos, em 2016, afirma que o bloqueio de R$ 92 milhões corresponde à soma estipulada dos prejuízos causados pelos investigados.

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Por meio de assessoria de imprensa, Omar Aziz informou apenas que ainda não teve acesso aos autos do processo e aguarda o advogado ter acesso para poder se manifestar.

A operação foi executada pela Polícia Federal nos Estados do Amazonas, Brasília e São Paulo.

A Operação Maus Caminhos apura danos que ultrapassam os R$ 100, 7 milhões aos cofres públicos no Amazonas, a partir de esquema criminoso de desvio de verbas da saúde no Estado para pagamento de propina a políticos, secretários e empresários, além de lavagem de dinheiro.

Já foram apresentadas mais de 70 ações penais e 40 de improbidade administrativa à Justiça, com 76 pessoas e sete empresas processadas.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Fotos: Bruno Elander / ABr