Sebrae orienta restaurantes e comércio de alimentos a trabalharem com delivery

Com as medidas preventivas para reduzir o impacto do contágio do novo Coronavírus, os restaurantes, lanchonetes, bares e outros estabelecimentos de alimentação fora de casa são os mais afetados. O Sebrae, com uma base regional de 170 mil micro e pequenas empresas, mercado onde estão a maioria destes estabelecimentos, traçou várias atividades de defesa desses empresários, com destaque para o atendimento delivery de alimentos.

“Nós precisamos acompanhar toda a cadeia produtiva dos alimentos e de seu manejo, bem como e, sobretudo, a saúde dos manipuladores de refeições. Feito isso, conseguiremos entregar alimentos saudáveis fora de risco do Coronavírus”, destacou a nutricionista e consultora sênior do Sebrae Amazonas Ellen Nestori.

Ela orienta os empresários da área de alimentação a serem rigorosos no controle interno da manipulação dos alimentos e que todos os funcionários façam exames de saúde, periodicamente, para preservar e proteger a saúde dos clientes. Segundo ela, a mudança de atendimento aos clientes – via delivery – permitirá que as empresas tenham capital de giro, mantenham o quadro de funcionários e, mais importante, não quebrem durante o período da crise provocada pela pandemia de Coronavírus.

A nutricionista consultora do Sebrae destaca que o uso correto da máscara é fundamental, para evitar contaminação dos alimentos no momento do preparo. Ela salienta que é obrigatório utilizar uma planilha de capacitação técnica para todos os funcionários, do proprietários ao caixa, este, com maior cuidado, porque recebe dinheiro em espécie, um dos vetores do contágio.

Passo a passo

Higienizar as mãos (lavá-las criteriosamente com água e sabonete líquido antisséptico e secar as mãos com papel toalha); colocar a máscara e ajustar no nariz (a máscara só terá eficiência se estiver bem ajustada ao nariz).

Nunca deixar a máscara pendurada na orelha e nariz; não tocar na parte externa ou interna da máscara (tocar na máscara durante seu uso, levará a contaminação das mãos com bactérias e vírus); trocar a cada 2 horas ou antes de ficar úmida a máscara (após esse período ela perde a eficácia. A respiração umidifica o tecido e dilata os poros, nesse momento ela já não é mais uma barreira para os vírus e bactérias); retirar a máscara pegando no elástico atrás da orelha (não toque na máscara para retirá-la. Jogar na lixeira acionando a tampa pelo pedal); higienizar novamente as mãos (lavá-las criteriosamente com água e sabonete líquido antisséptico.
Secar as mãos com papel toalha).

Esse procedimento faz toda a diferença entre servir alimentos preservados e servir alimentos contaminados. Seguir adequadamente todos os passos é fundamental para salvar vidas e alimentar adequadamente os clientes.

Aplicativos

No âmbito do uso dos aplicativos de delivery, o Sebrae orienta que essa forma de entrega de alimentos se transformou na principal saída para os segmentos de alimentação, depois do anuncio das recomendações de isolamento da população e a determinação do fechamento de grande parte do comércio; especialmente da alimentação fora do lar, como restaurantes, lanchonetes, bares,
pizzarias, entre outros do gênero.

Segundo o analista sênior do Sebrae Flávio Petry, as iniciativas dos aplicativos, dentre eles o Uber Eats e o IFood, representam um passo importante para os pequenos negócios neste momento.

“As medidas anunciadas pelas empresas de aplicativos representam uma conquista inicial para o segmento, pois, aos poucos, pela livre concorrência as plataformas devem oferecer, cada vez mais, benefícios”, salientou.

Uber Eats

A Uber Eats anunciou que vai possibilitar aos donos de pequenos restaurantes que recebam pagamentos diários pelas vendas realizadas, em vez de receberem semanalmente. A ideia é gerar maior fluxo de caixa para garantir a manutenção dos negócios, permitindo o pagamento de fornecedores e funcionários. Também auxiliará a melhorar o desempenho das micro e pequenas empresas do segmento de alimentação a isenção das taxas de retirada, quando os clientes fizerem os pedidos pelo aplicativo, mas optarem por buscar a refeição no restaurante, com os devidos cuidados para não ficarem expostos ao vírus.

IFood

Nesta semana está previsto o lançamento de conteúdos do Sebrae em parceria com o IFood, para orientar os pequenos negócios na implementação do delivery, adequando o serviço aos procedimentos corretos e cuidados necessários para cumprir as fichas técnicas dos alimentos, com a definição de porções, dentre outras orientações. A partir de 2 de abril, o IFood vai destinar R$ 50 milhões de sua receita, na forma de um fundo de assistência a restaurantes, com foco nos pequenos estabelecimentos locais. O crédito será gerado por meio de isenção de taxas de intermediação dos serviços utilizados.

Com informações da Assessoria

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil