Represas e mineração na Amazônia são debatidos no Sínodo dos Bispos

No último dia de círculos menores do Sínodo para a Amazônia, enquanto os padres sinodais estavam reunidos para redigir o projeto de documento final, foi discutido na sala de imprensa a relação entre exploração mineral e a construção de barragens e hidrelétricas, assim como os impactos para a região amazônica e para a população.

Quem respondeu as perguntas dos jornalistas no Vaticano foi a coordenadora nacional do Movimento de Vítimas de Barragens, Judite da Rocha.

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Judite Rocha citou inclusive a hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, construída há décadas, mas que ainda não indenizou ou ressarciu a população afetada.

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A coordenadora do Movimento de Vítimas de Barragens citou que a hidrelétrica faz parte de um pacote que ela chama de destruição irreversível.

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Judite Rocha também chamou a atenção para a obsolescência da legislação brasileira, como por exemplo, no caso da previsão de doenças, uma vez que só a malária é mencionada.

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Na visão de Judite Rocha, o Brasil não tem mais necessidade de construção de hidrelétricas, porque a população já paga a segunda tarifa mais cara do mundo no País e, ainda assim, muitas destas barragens construídas sequer estão em funcionamento.

Todos os temas debatidos devem constar no documento final do Sínodo para a Amazônia, que vai ser lido na próxima sexta-feira e votado no sábado.

Confira entrevista: 

Bruno Elander  – Rádio Rio Mar

Foto: Vatian News