Religião e medo da vacina: saiba o que tem sido feito para mudar essa realidade

Medo da vacina contra covid-19 e religião – Você já deve ter ouvido alguém dizer que não vai se vacinar contra a covid-19, seja por medo, crenças religiosas, fake news ou razões desconhecidas, dificultando o enfrentamento à pandemia e fazendo o vírus circular.

Medo da vacina contra covid-19 e religião - Você já deve ter ouvido alguém dizer que não vai se vacinar contra a covid-19, seja por medo, crenças religiosas, fake news ou razões desconhecidas, dificultando o enfrentamento à pandemia e fazendo o vírus circular.

Medo da vacina por questões religiosas ainda é entrave para vencer a pandemia.

De acordo com órgãos nacionais de saúde, um dos entraves para o fim da pandemia é a descrença nos imunizantes por uma parte da população.

No Amazonas, por exemplo, mais de um ano após o início da aplicação da vacina contra o coronavírus, o Estado possui pouco mais de 60% da população em idade vacinável com ciclo de imunização completo. Ainda existem pessoas que não receberam, sequer a primeira dose, mesmo com o imunizante disponível.

A enfermeira Josy Dias, do Programa Nacional de Imunização (PNI) no Amazonas explicou que ainda existe muito receio por parte de algumas pessoas, mas que ações para conscientizar a população, como palestras e campanhas educativas têm sido realizadas em todo o Estado.

“O programa Estadual de imunização tem trabalhado junto aos municípios as informações pertinentes, principalmente com relação a eficácia dos imunizantes utilizados e de cada laboratório, tirando todas as dúvidas para que a população sinta mais confiança em buscar a vacinação. É  muito importante  ter essa educação e conscientização para que eles saibam, por exemplo, quantas doses tomar, para que serve  e qual é o objetivo da vacina”, destacou.

Vacinas Covid-19 pediátricas da Pfizer-BioNTech, 17/01/2022, Foto: Myke Sena/MS

O infectologista Marcus Guerra reforçou que os casos mais graves de covid-19 são de pessoas que ainda não se vacinaram ou não concluíram o esquema de vacinação.

“Observando o efeito direto da vacinação em pessoas vacinadas, nós temos visto que esses são infectados, mas não são pessoas com necessidade de hospitalização ou com risco de necessidade de internação e até de UTI. Diferentemente, os não vacinados quando infectados tem, em algumas casos, resultado em internação com a forma mais grave de manifestação da doença”, disse.

Do ponto de vista religioso, não há motivos para questionar a eficácia das vacinas. Líderes religiosos têm se esforçado para quebrar o tabu sobre as vacinas. O bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, Dom José enfatizou que imunizar é defender a vida.

“A missão da igreja é defender a vida, e nós sabemos que na história do Brasil sempre aconteceram as campanhas de vacinação. A gente recebe desde criança, desde recém-nascido a imunização contra algumas doenças, e por causa da vacinação podemos crescer com saúde, protegidos. A vacina, sim, é uma conquista da ciência, mas é também um dom de Deus, uma forma que Deus concedeu à humanidade por meio das pesquisas, dos estudos, dos cientistas, dos médicos, da igreja ao defender a vida, e para estar sempre do lado de toda e qualquer iniciativa que seja para favorecer a saúde de todos”, comentou.

E é assim, que Informação, Ciência e Religião percorrem juntas, lado a lado, o mesmo caminho em direção da busca por salvar vidas.

Ouça esta reportagem em áudio:

Rebeca Beatriz, Rádio Rio Mar, a Informação a Serviço da Cidadania