Redução de IPI não chegou ao consumidor e produtos ficaram mais caros

A redução de 25% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), decretada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 25 de fevereiro não chegou ao consumidor. Pelo contrário, os produtos ficaram mais caros. A constatação foi divulgada pelo vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), em pronunciamento no Congresso Nacional, na última segunda-feira (18).

Questionado pela Rádio Rio Mar sobre de onde tirou as informações citadas na tribuna do parlamento, Marcelo Ramos disse que foi de conteúdo publicado no site UOL. A reportagem tem como base o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), parâmetro oficial de inflação do governo.

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Outro deputado federal que usou a tribuna para falar do assunto foi José Ricardo (PT-AM). Ele enumerou os prejuízos que serão causados a população do Amazonas por causa do decreto.

Cronologia

No dia 25 de fevereiro, às vésperas do Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou o Decreto 10.979/22, que reduziu em 25% o IPI dos eletrodomésticos.

Doze dias depois, no dia 09 de março, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União) se reuniu com o presidente Bolsonaro e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para reivindicar mudanças no decreto, uma vez que a medida reduz as vantagens de se produzir na Zona Franca de Manaus.

O governador saiu do encontro com a promessa do presidente de que o decreto seria reeditado, com alterações para não prejudicar o Polo Industrial de Manaus (PIM). No entanto, no dia 1º de abril, Bolsonaro assinou o novo decreto sem alteração alguma e, na última quinta-feira (14), Bolsonaro assinou o Decreto 11.047/22, que torna permanente a redução de 25% do IPI, sem diferenciar a Zona Franca de Manaus.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação