RDS Mamirauá é pioneira mundial no monitoramento em tempo real

Mamirauá é a primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável brasileira. Agora, a unidade de conservação de 1,1 milhão de hectares, passa a ser pioneira mundialmente devido o monitoramento por meio de imagens e sons em tempo real dos animais. A meta é preservar a biodiversidade local.

A ação faz parte do Projeto Providence – financiada pela Fundação Moore e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Os equipamentos utilizados possuem inteligência artificial e funcionam com energia solar. O diretor técnico científico do Instituto Mamirauá, Emiliano Ramalho, explica que a tecnologia funciona basicamente através da captura permanente de som e vídeo estratégicos da unidade de conservação.

A reserva de Mamirauá está localizada na região do médio rio Solimões. Sua extensão abrange três municípios: Uarini, Fonte Boa e Maraã. De acordo com Emiliano Ramalho, o monitoramento automatizado vai permitir aos gestores ter informações rápidas e precisas sobre a biodiversidade da reserva. Há um gestor de unidade de conservação para cada 280 mil hectares de floresta. A tecnologia desenvolvida pode ser replicada em outras unidades de conservação, inclusive em biomas diferentes.

Curiosidade

O nome Mamirauá vem do lago localizado no coração da reserva e seu significado mais aceito é filhote de peixe-boi. Trata-se de um lugar singular: um complexo ecossistema de lagos, lagoas, ilhas, restingas, chavascais, paranás e muitas outras formações, que permanece de 7 a 15 metros debaixo d’água por seis meses no ano.

A proposta de uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável é conciliar a conservação da biodiversidade com o desenvolvimento sustentável numa unidade habitada também por populações humanas. Sua extensão é de 1.124.000 ha, possuindo 177 comunidades e 11.532 moradores, de acordo com Censo Demográfico de 2011.

 

Tania Freitas – Rádio Rio Mar.

Fotos – Wesley Souza – ASCOM/MCTI