Rafael Fernandez é condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato de Kimberly Mota

O acusado da morte de Kimberly Karen Mota de Oliveira, Rafael Fernandez Rodrigues, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, durante julgamento nessa quinta-feira (28).

A sessão foi presidida pela juíza de Direito titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Ana Paula de Medeiros, e realizado no auditório do Fórum Ministro Henoch Reis. O Ministério Público do Estado (MPAM) foi representado pelas promotoras Marcia Cristina Oliveira e Lilian Nara Pinheiro. O réu foi defendido pelos advogados Josemar Berçot, Josemar Berçot Junior, Eguinaldo Gonçalves de Moura e Camila Alencar de Brito.

Durante o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e três de defesa porque uma das testemunhas do Ministério Público também foi requisitada pela defesa.

A primeira testemunha de acusação ouvida foi a mãe da vítima, no primeiro dia do julgamento, na quarta-feira (27), por meio de videoconferência já que ela estava hospitalizada em uma unidade de saúde da capital.

O interrogatório do réu Rafael Fernandez Rodrigues durou menos de uma hora. Orientado pela defesa, ele não respondeu às perguntas das duas promotoras de justiça, limitando-se a responder às perguntas da magistrada e do advogado de defesa.

Durante o interrogatório, perguntado pelo advogado de defesa se a causa da morte de Kimberly teria sido por ciúme, o réu afirmou que não, e, que o motivo teria sido supostas mentiras contadas pela vítima. “Ela mentiu olhando nos meus olhos sobre algo que eu já sabia”, disse Rafael, durante o interrogatório, afirmando ainda que teria visto notificações de mensagens no celular dela.

Após os depoimentos das testemunhas e o interrogatório do réu começaram os debates. Primeiro as duas promotoras se revezaram durante uma hora e meia. A juíza presidente suspendeu a Sessão de Julgamento e retomou nessa quinta-feira (28).

Na retomada, a defesa utilizou o tempo restante e, depois, as promotoras pediram réplica, utilizando o tempo de uma hora. Na sequência, o advogado de defesa também fez uso do mesmo tempo com a tréplica. Após os debates, a Sessão foi dispensada para o almoço. Na volta houve a votação dos jurados e, em seguida, a leitura da sentença.

Denúncia 

De acordo com o inquérito policial que deu origem à denúncia formulada pelo MPAM, Rafael e a vítima, que tinha 22 anos, mantiveram um relacionamento amoroso e, no dia dos fatos, 11 de maio de 2020, estavam no apartamento do acusado, no Centro de Manaus. Após supostamente ver notificações de mensagens de homens no celular da jovem, Rafael a teria questionado, quando ela disse que não tinha intenção de reatar o relacionamento com ele.

Ainda conforme a denúncia, após essa conversa, o acusado foi à cozinha e escondeu uma faca na cintura. Depois, teria atacado Kimberly no quarto do apartamento. Ainda segundo o MPAM, após o crime, o acusado fugiu e foi capturado no dia 15 de maio, no município de Paracaima, em Roraima.

Fonte: TJAM

Fotos: Carlos Souza, Paulo André Nunes e Raphael Alves/TJAM