Quatro meses após desaparecimento de paraquedistas em Manaus, inquérito ainda está aberto

No último dia 15 de abril, um grupo de 14 paraquedistas decolou do Aeroclube de Manaus e apenas dez deles conseguiram aterrissar com segurança. Fortes rajadas de vento surpreenderam os saltadores. Dois foram levados para longe do ponto de pouso, mas foram resgatados com vida. Outros dois desapareceram.

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Na manhã do dia 16 de abril, o Corpo de Bombeiros encontrou Ana Carolina Silva, de 23 anos, morta, às margens do Rio Negro, próximo ao distrito de Cacau Pirêra, no município de Iranduba. Já o advogado Luiz Henrique Cardelli, de 33 anos, está desaparecido até hoje.

O delegado Mauro Soares, titular do 12º DIP, que coordena as investigações, apenas reforçou, na última segunda-feira (23), que houve instauração de um inquérito para apurar as circunstâncias do fato. De acordo com ele, as diligências continuam, bem como os depoimentos das partes envolvidas.

A Polícia Civil do Amazonas comunicou que ainda aguarda retorno dos ofícios encaminhados aos órgãos técnicos responsáveis. E, assim, não pode repassar mais informações para não atrapalhar os trabalhos policiais.

Conforme a Defesa Civil de Manaus, na área da zona oeste para onde o vento desviou os quatro paraquedistas que não conseguiram aterrissar no Aeroclube, choveu 80 milímetros naquela tarde.

De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Francisco de Assis, por vezes a descida de vento como o daquela tarde não está associada com a chuva. Ou seja, pode acontecer da descida do vento estar em local que tenha sol, poucas nuvens e sem chuva. E isso pode enganar algumas pessoas.

As buscas do Corpo de Bombeiros pelo advogado Luiz Henrique Cardelli Corpo terminaram no dia 15 de maio, um mês após o desaparecimento, sem encontrá-lo.

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Divulgação