Primeira prova do Enem é aplicada para 165 mil inscritos no AM; abstenções somam 39,30%

A primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicada em 155 locais no Amazonas, neste domingo. A avaliação abordou temas como porte de armas, racismo, escravidão, obras de arte do pintor espanhol Pablo Picasso, filmes com a participação do ator Wagner Moura, e obras literárias de Guimarães Rosa e Clarice Lispector, além de um trecho da música “As atrizes”, do cantor e compositor Chico Buarque.

A aplicação da prova durou cinco horas e meia, com início às 11h30, horário que ainda confunde os inscritos, uma vez que no cartão de confirmação consta o horário brasileiro de verão, que tem duas horas a mais em relação ao Amazonas.

O universitário Marcelo Silva, de 23 anos, não conseguiu fazer a exame, pelo segundo ano consecutivo, desta vez porque confundiu o horário e encontrou os portões do local de aplicação da prova, em uma faculdade na Avenida Constantino Nery, zona centro-sul de Manaus, fechada.

O Amazonas teve 165 mil inscritos. A segunda prova do exame vai ser aplicada no próximo domingo, 12, nos mesmos locais e horário.

Redação

O tema da redação deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) surpreendeu professores e alunos. Os candidatos tiveram que falar sobre os desafios para formação e educacional de surdos no Brasil.

O ministro disse que a decisão do MEC de não recorrer da decisão judicial que proibiu a atribuição de nota zero a redações que desrespeitem os direitos humanos no Enem foi para dar tranqüilidade aos candidatos. “A nossa preocupação foi assegurar a tranquilidade, porque o próprio clima de discussão com relação a que tese poderia prevalecer enseja dúvida na cabeça dos candidatos e isso não é algo positivo. Então, não havia tempo para a reversão do entendimento”, disse.

Segundo Mendonça Filho, mesmo que haja uma decisão contrária, o que vai valer para este ano é a decisão judicial em vigor. “Não há sentido se ter uma decisão judicial e, se porventura caísse mais adiante, retroagir para prejudicar as pessoas que tiveram o entendimento deferido a partir de uma decisão judicial que é válida e que nós respeitamos.”

Bruno Elander – Rádio Rio Mar

Foto: Agência Brasil