Presidente da Aleam comenta orçamento e explica licitação de R$ 9 milhões para compra de móveis

O orçamento previsto para o Estado do Amazonas é de R$ 24 bilhões, um aumento de 27% em relação ao orçamento deste ano. Serão destinados R$ 3,9 bilhões para a Educação; R$ 2,8 bilhões para a área da Saúde; R$ 2,3 bilhões para a Segurança Pública; R$ 2,1 bilhões aos Poderes, ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Os municípios vão receber repasses de R$ 3,3 bilhões.

Os valores constam na Lei Orçamentária Anual aprovada pela Assembleia Legislativa do Amazonas. Mesmo com R$ 7 bilhões de reais a mais, o presidente da casa, Deputado Roberto Cidade, informou que o Governo não pode calcular exatamente os valores.

“Pela primeira vez o Governo do Amazonas manda mais próximo do orçamento do outro ano. No ano passado foram 17 bi e neste ano são 24 bi, a gente sabe que vai ter uma receita a mais, mas eles também não podem calcular isso. Então eu acredito que a Assembleia analisou, teve algumas emendas, o relator analisou, foi debatido em plenário e foi aprovado de forma unânime. Teve questionamento da oposição, mas é natural”

A oposição cobrou a recriação de secretarias extintas, como a da Pessoa com Deficiência e de Esporte. Os deputados entraram em acordo e 50% das emendas parlamentares devem ser destinadas à saúde no ano que vem, setor que ficou com a segunda maior fatia do orçamento.

Além da previsão de gastos do Governo, o presidente da Casa foi questionado sobre o orçamento da Assembleia. A casa empenhou R$ 9 milhões em móveis, incluindo uma lixeira com o valor de R$ 3.700. O processo tramitava desde 2019 e neste ano foi aberta a licitação.

O deputado Roberto Cidade informou que vai rever os preços, sem explicar em quanto será a redução.

“É uma ata de registro de preço, a gente precisa comprar ou não. Não quer dizer que a gente vai contratar isso tudo. Já mandei para a procuradoria, foram cancelados alguns itens, ainda mais esses que estavam com valores absurdos. Eu não posso acompanhar a licitação, a gente só sabe depois que acontece. Então isso já foi reduzido e se for assinar a ata será com valores justos”

Ainda assim disse que é necessário trocar alguns móveis e quer deixar a estrutura da Assembleia melhor de quando assumiu a presidência.

Se você analisar, tem muita cadeira quebrada. Podem olhar. Já faz 15 anos que foram compradas. Não é obrigação gastar dinheiro público, não é da minha gestão gastar o dinheiro que tem, não é isso. Mas tem coisas que a assembleia tem necessidade ou vocês querem que eu deixe a assembleia caindo aos pedaços, sucateada.

Ana Maria Reis /Rádio Rio Mar