Petrobras vai recorrer de veto à exploração de petróleo na foz do rio Amazonas

Esferas de armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) da Refinaria Duque de Caxias – REDUC

Em nota divulgada na quinta-feira (18/5), a Petrobras anunciou que vai recorrer da decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que proibiu a estatal de explorar petróleo na foz do Rio Amazonas. A Petrobras afirma que “atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento e todos os recursos mobilizados no Amapá e no Pará para a realização da Avaliação Pré-Operacional” e que o caso não será judicializado, pois a estatal fará um “pedido de reconsideração em âmbito administrativo”, dentro da estrutura do órgão.

Ainda de acordo com a nota da estatal, há um termo de compromisso assumido com a Agência Nacional do Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANP) para a exploração da área no Amapá. Caso o projeto não avance, a Petrobras estaria sujeita ao pagamento de uma multa contratual. O Ibama publicou na última quarta-feira (17/5) sua decisão de não permitir a exploração de petróleo na região, em nota técnica assinada pelo presidente do órgão, Rodrigo Agostinho.

“Não restam dúvidas de que foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticos de seu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação segura em nova fronteira exploratória de alta vulnerabilidade socioambiental.”

A Petrobras aguardava apenas essa autorização para iniciar perfuração de teste em um ponto a cerca de 175 quilômetros da costa amapaense. A companhia também quer explorar petróleo em outras áreas na foz do Rio Amazonas que já tiveram autorização negada em 2018.

Em abril deste ano, 80 entidades ligadas à sociedade civil emitiram uma nota conjunta criticando a iniciativa da Petrobras e pedindo ao governo que vetasse a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

“A abertura dessa nova fronteira exploratória é uma ameaça a esses ecossistemas e, também, é incoerente com os compromissos assumidos pelo governo brasileiro perante a população brasileira e a comunidade global”, alertaram as entidades.

Com informações Brasil de Fato

Foto: Divulgação

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