De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2014 e 2020, a média anual de casos de crianças diagnosticadas com a doença Falciforme no Programa Nacional de Triagem Neonatal foi de 1.087, uma incidência de 3,778 a cada 10 mil nascidos vivos. Atualmente, estima-se que no país haja entre 60 mil e 100 mil pessoas com a enfermidade.
Para atender este público é preciso qualificação, principalmente quanto ao manejo clínico bucal. Em Manaus, somente no Distrito de Saúde Norte já foram identificados 29 casos de pacientes com a doença. Nesta semana, profissionais da área receberam capacitação para atender este público, como explica a diretora do Disa Norte, Paola Oliveira.
A doença falciforme é genética, hereditária, caracterizada por alterações nos glóbulos vermelhos, dificultando a passagem de oxigênio para os órgãos. Se não tratada, pode causar anemia crônica, crises dolorosas, retardo no crescimento, infartos, acidentes vasculares cerebrais, entre outras complicações.
O cirurgião-dentista Cleber Nunes Alexandre, da Fundação Hemoam alerta que a doença requer cuidados, por trazer complicações graves.
Estimativas apontam que a doença falciforme é mais comum em pessoas da raça negra, mas pode ocorrer também em pessoas de raça branca ou parda, em razão da intensa miscigenação no país.
Rádio Rio Mar
Foto: Divulgação / Semsa