Miopia entre Jovens: Pesquisa mostra que a patologia mais que duplicou durante a pandemia

Nos últimos anos, à visão tem sido uma das mais afetadas devido ao uso da tecnologia, sete em cada dez oftalmologistas, destacaram um aumento da miopia em pessoas de até 19 anos no último ano, segundo o conselho brasileiro de oftalmologia.

Especialista alerta sobre a importância do cuidado com os olhos

Miopia entre jovens: Pesquisa mostra que a patologia mais que duplicou durante a pandemia.

Estudos de uma Universidade Chinesa, apontam que a miopia em crianças de 6 a 8 anos de idade, no período de 2021 a 2022, mais que duplicou, passando de 11,6% para quase 30%, e entre os motivos de elevação, está o uso de telas no período de isolamento, e esse problema atinge pessoas de todas as idades.

Anderson Silva é universitário, a dificuldade em enxergar foi detectada ainda quando criança, ele começou a usar óculos com apenas oito anos de idade, e com tempo, a visão regrediu ainda mais, hoje. tem miopia de 3.75 do lado direito e 2.75 no olho esquerdo.

”Principalmente nas aulas de ensino a distância, eu tinha que passar uma grande período na frente de telas, isso afetou muito a minha vista, forçava muito, comecei a sentir dor de cabeça, então eu falei para a minha mãe que estava com dificuldade até de aprender o conteúdo das aulas”, disse Anderson.

O recomendado é que seja feito um acompanhamento ocular uma vez ao ano, mesmo aqueles que não usam óculos, como explica o especialista Alex Sá.

”Tem aumentado bastante os casos de miopia e astigmatismo, principalmente essas duas principais, eu acredito que mais de 50% dos pacientes, inclusive paciente que já tinham essa miopia estabiliza, tá com 3 ou 4 anos sem trocar de óculos, agora voltaram com aumento de um grau, ou um grau e meio depois da pandemia.  A gente avalia o fundo de olho que é uma estrutura que a gente vê nervo óptico e os vasos capilares, então a gente consegue tanto acompanhar doenças vasculares como diabetes, como hipertensão arterial são as principais doenças endócrinas e outras também”, disse o especialista.

Entre os sintomas mais recorrentes são, visão embaçada, dores de cabeça, sensibilidade à luz, olhos secos e cansados. Para controlar os efeitos nocivos da iluminação das telas, a recomendação da Organização Mundial da Saúde, é reduzir o tempo de uso das telas, e fazer adaptações direto nas configurações dos aparelhos eletrônicos, para reduzir os danos.