Pesquisa identifica propriedades inibidoras do parasita da malária em plantas amazônicas

A floresta é uma aliada no combate a diversas doenças e no desenvolvimento de pesquisa científica. Estudos já comprovam a eficácia de plantas em tratamentos. O uso das espécies de tipos medicinais faz parte da cultura de povos em todo o mundo, principalmente em comunidades tradicionais e quilombolas, por exemplo. O Sistema Único de Saúde (SUS) reconheceu a importância dessa prática e validou uma lista com mais de 70 espécies com eficácia comprovada.

Em Manaus, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) realiza estudo conduzido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) voltado a identificar plantas com propriedades inibidoras contra o parasita causador da malária humana (Plasmodium falciparum). As análises são feitas in vitro em laboratório, como explica Adrian Pohlit, pesquisador e coordenador da pesquisa.

A malária é uma doença tropical endêmica na região Amazônica, que, anualmente, ameaça pessoas e causa a morte de mais de quinhentos mil indivíduos em todo o planeta. Parte significativa dos antimaláricos em uso no mundo, atualmente, devem a sua descoberta inicial às substâncias antiplasmódicas artemisinina e a quinina, presentes em plantas usadas na medicina tradicional.

 

Rádio Rio Mar

Foto: Érico Xavier