Pesquisa desenvolve novo método para diagnóstico rápido da Leishmaniose

O protocolo permite uma análise mais detalhada de doenças infecciosas (Foto Divulgação)

O protocolo permite uma análise mais detalhada de doenças infecciosas (Foto Divulgação)

Um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta – Fuham em parceria com a Fundação de Medicina Tropical – FMT está desenvolvendo um novo protocolo de diagnóstico da Leishmaniose. O programa prevê uma análise mais sensível e eficaz para confirmação da doença que provoca úlceras na pele, causadas por parasitas. Resultados preliminares demonstraram que o novo método diagnosticou 80 pacientes de forma rápida.

O teste clínico foi aplicado em 105 pacientes com a suspeita da doença, confirmando 80 casos. Dessas ocorrências, 97% foram causadas por um parasita da espécie Leishmania guyanensis, e 2,5% pela Leishmania braziliensis. Esse novo modelo de diagnóstico encontrou, também, espécies raras de transmissores que causaram a doença em 0,5% dos pacientes.

O médico especialista em doenças tropicais e coordenador da pesquisa, Felipe Jules, explica que o novo método de diagnóstico permite uma análise mais detalhada e eficaz de doenças infecciosas.

Os pacientes com suspeita clínica de Leishmaniose, atendidos na Fundação Hospitalar Alfredo da Matta, foram convidados a participarem da pesquisa. Após assinarem um termo de consentimento, suas amostras biológicas foram coletadas e encaminhadas para a realização dos exames tradicionais e submetidas ao teste de Biologia Molecular, para a execução do novo protocolo de diagnóstico.

O pesquisador ressalta que novo método é um avanço da ciência e contribui para um tratamento mais rápido e menos doloroso.

 

A previsão é de que a pesquisa seja concluída no final de 2023. Após a conclusão e parecer favorável ao novo protocolo, a expectativa é que seja implantado nas unidades do Sistema Único de Saúde – SUS.

Nuno Lôbo – Rádio Rio Mar