Passageiros reclamam de assaltos e ônibus que não param nos pontos em reforma do Distrito

Uma obra de reconstrução de calçadas nas paradas de ônibus na Avenida Buriti, no Distrito Industrial 1, tem causado uma série de problemas aos usuários do transporte público. Com as obras, o trecho que corresponde à parada está interditado. O passageiro tem três opções: ou aguarda antes do local onde o ônibus estacionaria, depois da parada ou se arrisca em fazer o sinal de parada no meio da rua.

“Tem pessoas que pegam na frente, outras um pouco mais para trás, mas na parada mesmo não pode pegar porque está fechada”, afirmou o vendedor Mario Ferreira.

As obras ocorrem principalmente na calçada da direita, em direção à Zona Leste. Foto: Macildo Ribeiro / Rádio Rio Mar

A questão é que nem todos os motoristas param o veículo para buscar os passageiros. Sergio Ricardo passa pela Buriti todos os dias. Ele contou que as obras estão acontecendo há cerca de 20 dias, com as pausas por causa da chuva. Uma das consequências do usuário ficar mais tempo na parada aguardando o coletivo é a insegurança.

“Assalto aqui é constante, se você vacilar sentado na parada, se você não estiver prestando atenção o cara faz a volta. Eu já verifiquei e até eu fui assaltado aqui”, afirmou.

O Bento Coelho também sente medo, tanto para atravessar a rua quanto para aguardar o ônibus chegar. “Com medo da violência, tem que ser rápido para pegar ônibus porque de vez em quando as pessoas roubam a gente aqui, tem que ter pressa, né?”, destaca.

Sobre os assaltos nas paradas, o diretor de Transportes do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana Edinaldo Castro informou que é uma questão exclusivamente da Secretaria de Segurança Pública, que por sua vez ainda não se manifestou.

No caso exclusivo da Av. Buriti, se comprometeu a enviar um fiscal de transportes para monitorar o fluxo de ônibus no local para, ao menos, dar a sensação de segurança ao passageiro.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura informou, em nota, que trabalha na área para melhorar a trafegabilidade das vias, mas não informou o prazo para a conclusão dos trabalhos.

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Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar