Parlamentares denunciam condições precárias no João Lúcio, mesmo após reforma

Os deputados estaduais Dermilson Chagas e Wilker Barreto realizaram uma visita-surpresa ao Hospital e Pronto Socorro João Lúcio na última segunda-feira (06) para fiscalizar denúncias de irregularidades na unidade.

São reclamações em relação à infraestrutura precária, superlotação de pacientes, falta de medicamentos, ausência de médicos, entre outras. Apesar da resistência para entrar na unidade, Dermilson disse que presenciou uma série de problemas.

“Um hospital cheio de mofo, na enfermaria está com estoque crítico de soro. Fomos para outras alas, na enfermaria fizeram uma reforma depois da chuva, mas o teto está coberto por lona, encontramos falta de máscara, falta de álcool gel. O politrauma é uma situação vergonhosa”, disse,

A unidade hospitalar passou por uma reforma recente com investimentos de R$ 15 milhões. Dermilson Chagas explicou que, em 23 de junho deste ano, a própria Secretaria de Estado de Saúde divulgou que as obras tinham alcançado o percentual de 99% de execução e que os trabalhos encerrariam no mês de julho.

Entretanto, o contrato para a reforma geral na unidade hospitalar foi assinado em 26 de maio de 2020 e estabeleceu prazo de 180 dias para a finalização da obra, que deveria ser em novembro de 2020.

“Para onde foram os R$ 16 milhões?. O Estado é recordista de arrecadação e ainda autorizamos os empréstimos. Esse tipo de reforma que não resolve o problema da população nós não queremos”, afirmou.

O parlamentar solicita intervenção do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público. Wilker Barreto detalhou que faltam itens básicos. “O João Lúcio, para nossa tristeza hoje, é um hospital sem comando. Faltando remédios essenciais para o centro cirúrgicos”.

De acordo com o deputado, durante a visita uma servidora do hospital informou que há insuficiência de medicamentos para o atendimento dos pacientes.

No local também foram constatadas fissuras nas paredes, infiltrações, exposição das fiações elétricas.

A Secretaria de Estado de Saúde ainda não comentou o assunto.

Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar