O Festival Folclórico de Parintins encanta tanto pela beleza do espetáculo proporcionado pelos Bois Garantido e Caprichoso quanto pelas produções artísticas de artesãos da região.
Com fantasias, músicas e alegorias, os bois encenam durante o Festival Folclórico de Parintins a lenda da Mãe Catirina, uma mulher que estava grávida e com desejo de comer a língua de boi. Para satisfazê-lo, seu marido, Pai Francisco, sacrifica o boi favorito do patrão, que ameaça matá-lo. Quem salva o Pai Francisco da morte é o pajé, que ressuscita o boi antes da tragédia acontecer.
De acordo com o presidente do Garantido, Antônio Andrade, Parintins vive de cultura e o Festival representa fonte de renda para os moradores da cidade e contribui com a economia da ilha tupinambarana. Depois de dois anos sem o evento, devido a pandemia da Covid-19, os trabalhadores dos bumbás celebram o retorno da festa.
Aproximadamente 4 mil artistas estão diretamente envolvidos na produção do espetáculo de arena, entre dançarinos, coreógrafos, artistas plásticos, artesãos, paikicés, kaçawerés, soldadores, escultores, costureiras, figurinistas, além da parte administrativa dos bois. O presidente do Caprichoso, Jender Lobato, lembra da grandiosidade do festival. Nas três noites de disputa, o espetáculo chega a atrair mais de 100 mil pessoas. Após dois anos de saudade, a arte e a magia e a eterna rivalidade se encontram na arena do Bumbódromo.
Hiolanda Mendes – Rádio Rio Mar
Fotos: Lucas Silva, Michael Dantas e Alex Maia – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa